A nova força de defesa aérea nórdica terá o mesmo tamanho da do Reino Unido ou da França. Os comandantes da Força Aérea dos respectivos países, major-generais Juha-Pekka Keränen, Jonas Wikman, Rolf Folland e Jan Dam assinaram uma declaração conjunta de intenções.
Os quatro países nórdicos concordaram em operar seus cerca de 250 caças em uma uma força combinada, na esperança de deter a Rússia trabalhando juntos.
O major-general Rolf Folland, chefe da Força Aérea Norueguesa, disse que “esta será uma força enorme que atuará como um impedimento para qualquer invasor e fornecerá segurança para a população nórdica”. A criação desta força conjunta demonstra o compromisso dos países nórdicos em trabalhar juntos na defesa mútua e segurança de seus habitantes.
Desde a invasão da Ucrânia, os países escandinavos, e a Finlândia, consideram ameaçada a sua integridade territorial.
Os quatro países assinaram, na base de Ramstein, na Alemanha, uma Declaração Conjunta de Intenções (JDI, na sigla em inglês). O objetivo é viabilizar uma força aérea conjunta e que possa operar de maneira unificada.
Embora tenham territórios pequenos e com populações que somadas não chegam aos 30 milhões de habitantes, os quatro países contam com avançados caças. A Suécia opera com os Gripen C/D e em breve com os Gripen E; a Noruega conta com os F-16 e F-35; A Dinamarca tem um lote de F-16 e deverá receber em breve seus F-35; enquanto a Finlândia opera com os F/A-18 Hornet, mas também com previsão de receber os F-35 em breve.
A união das forças contaram com a presença da OTAN, representada pela Dinamarca e Noruega. O chefe do Comando Aéreo da OTAN, General James Hecker, também esteve presente na assinatura da carta na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha.
Além disso, a Finlândia e a Suécia estão no processo de adesão à aliança militar e o que deverá ampliar a integração operacional e estratégica.
Uma das muitas razões citadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, como justificativa para sua invasão da Ucrânia foi o alargamento da OTAN desde a Guerra Fria. A força conjunta será uma preocupação para a Rússia, ostentando um número significativo de caças de primeira linha.
Fontes: Reutes, UN, OTAN
Revista Sociedade Militar