Em apenas dois dias os EUA tiveram algumas de suas mais secretas ações militares de espionagem reveladas nas redes sociais Twitter e Telegram. As revelações de documentações acerca da união entre OTAN e EUA para fortalecer a Ucrânia são apenas a ponta do iceberg e servem para colocar a Rússia ainda mais atenta às movimentações da OTAN no território ucraniano, além de evidenciar o suporte estadunidense a Kiev.
Segundo o portal G1, a espionagem se estende até mesmo à Coreia do Sul, país aliado dos americanos. Os vazamentos também expõem as agências de inteligência CIA (Central Intelligence Agency) e a NSA (National Security Agency). China e Oriente Médio fazem parte da lista dos espionados.
Alguns dos documentos revelados estavam classificados como “ultrassecretos”.
Entretanto, o ponto mais crítico desses vazamentos está na indicação de várias fragilidades das Forças Armadas da Ucrânia. Desde notas sobre falta de munições até o posicionamento de tropas, as documentações expõem segredos que eram vitais para o progresso ucraniano e de seus apoiadores. Ainda assim, autoridades da Ucrânia afirmam que as informações fazem parte de uma ação russa para “desinformar”.
Outro ponto controverso foi a revelação de que os EUA também espionam políticos e líderes militares ucranianos, ainda que sem as explicações dos motivos. Mais ainda, nomes de agências espionadas e agentes infiltrados foram expostos para o mundo inteiro, o que leva não apenas à interrupção da operação, como também põe em risco a vida dos espiões a serviço dos norte-americanos.
Definitivamente os principais afetados por esses atos de espionagem foram os russos, porém a revelação destes documentos será de vital importância para o reforço da segurança das informações e, em curto prazo, poderá ser uma ferramenta a ser usada contra os ucranianos, os EUA e a OTAN.