Com o uso da perícia, dedicação ímpar ao dever assumido e o preparo típico de uma equipe que se sacrifica em prol da vida, os membros do Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo (3º ETA – Esquadrão “Pioneiro”) transportaram, no dia 20/04, a bordo das aeronaves C-95M Bandeirante e C-97 Brasília, 4 órgãos vitais em uma única surtida, incorporando assim, o lema da Base Aérea do Galeão: “SOMOS SEMPRE MAIS FORTES”!
A missão começou às 23h14 (horário de Brasília), quando o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) acionou as tripulações de sobreaviso do 3º ETA para transportar um coração, um fígado e dois rins de Campo dos Goytacazes (RJ) para Rio de Janeiro (RJ). A primeira aeronave a decolar, o C-95M Bandeirante, foi responsável por transportar a equipe médica que, posteriormente, seria a encarregada da cirurgia de remoção dos órgãos. Nenhum detalhe pode ser esquecido, pois a vida dos que receberão os transplantes depende disso.
Prosseguiram com a decolagem da aeronave C-97 Brasília com destino à mesma localidade. Em sua responsabilidade, a tripulação trazia os órgãos o mais rápido possível, após procedimento de remoção, visando maior chance de sucesso nas respectivas cirurgias de transplantes. Foram mais de 3 horas de cirurgia para remoção dos órgãos. Com o embarque dos médicos carregando os órgãos que foram levados para o Aeroporto Santos Dumont, a aeronave partiu para o destino. Após a entrega, a tripulação retornou à Base Aérea do Galeão (BAGL) com o sentimento de dever cumprido.
“É a primeira vez que o Esquadrão emprega os dois projetos em uma única missão de transporte de órgãos vitais, um marco para o Pioneiro do Transporte do Brasil! ”, salientou o comandante do C-97, Tenente Aviador Pedro Henrique Tavares Rodrigues.
APARATO LEGAL
A Lei 9.175/17 dispõe sobre órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para fins de transporte e tratamento. E, segundo o dispositivo legal, a Força Aérea Brasileira (FAB) deve manter uma aeronave sempre disponível para cumprir missões dessa natureza, em atendimento às demandas do Ministério da Saúde.
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) conta com o apoio da FAB para transportar equipes médicas de coleta, que conseguem se mobilizar em menos de duas horas para buscar o órgão e levar ao receptor em qualquer lugar do Brasil. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é responsável pelo planejamento de missões dessa natureza. De acordo com dados da Organização Militar (OM), fígados e corações são as cargas mais comuns de transporte de órgãos realizados pela Força Aérea.
Fonte: Força Aérea Brasileira
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