No melhor estilo “Minority Report”, o governo Lula, por meio do Ministério da Defesa, resolveu criar uma comissão – chamada Grupo de Trabalho – para fazer as projeções de um provável cenário militar no ano de 2040, tanto no âmbito nacional como no internacional.
O ambicioso projeto, publicado em DOU, visa fornecer as bases necessárias à construção do Cenário Militar de Defesa – CMD e embasar o conhecimento sobre as possibilidades do futuro, capazes de orientar o Setor de Defesa para construir capacidades militares que propiciarão maior efetividade no cumprimento das missões institucionais das Forças Armadas. Essa é uma medida estratégica que será usada como base para decisões futuras por partes dos Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.
A Portaria nº 2.271, de 19 de abril de 2023, do Ministério da Defesa, estabeleceu a criação desse GT, composto por representantes do Ministério da Defesa, do Comando da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, conforme o esquema a seguir:
O Grupo de Trabalho terá…
I – do Ministério da Defesa:
- a) dois representantes da Assessoria Especial de Planejamento – ASPLAN;
- b) cinco representantes do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas – EMCFA; e
- c) cinco representantes da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa – SG;
II – três representantes do Comando da Marinha;
III – três representantes do Comando do Exército; e
IV – três representantes do Comando da Aeronáutica.
O objetivo é utilizar a visão do futuro para criar políticas e estratégias que possam colocar o Brasil à frente de possíveis entraves que possam surgir.
Apesar do planejamento estar voltado para um período ainda muito distante, o GT irá se valer das informações e decisões tomadas por seus representantes para antever e se preparar para possíveis cenários futuros.
Vale destacar que os integrantes do Grupo de Trabalho não receberão remuneração, pois o trabalho será considerado “prestação de serviço público relevante”, conforme estabelecido no artigo 9º da Portaria. Essa é uma iniciativa estratégica que fornecerá subsídios para decisões futuras dos Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.