Há vários dias Yevgeny Prigozhin, o ´´gênio perigozin´´, dono da milícia mercenária Wagner, vem avisando que abandonaria sua posição no front ucraniano por falta de munição para lutar.
Nesta sexta-feira, ele anunciou que vai se retirar com seu exército até 10 de maio agora porque está cansado de ver muitos soldados seus morrendo por negligência dos generais russos, segundo publicado hoje no jornal russo The Moscow Times.
O anúncio do oligarca russo, dono do Grupo Wagner, foi feito com fotos ao lado de dezenas de corpos de mercenários russos mortos em combate. Ele gritou e xingou muito os chefes das forças armadas russas, a ponto de provocar desconfiança nos líderes militares ucranianos. Parece incrível que um mercenário civil esteja esculhambando tanto com o exercito russo, sem medo de sofrer alguma punição severa. Militares ucranianos desconfiam que isso tudo pode ser uma encenação, um teatro para atrair tropas ucranianas para uma armadilha.
O propósito seria deixar os ucranianos pensarem que os russos desfalcados e com pouca munição em Bakhmut e atacar uma tropa que pode estar muito bem armada. Se não for isso, a situação das tropas russas é de fato alarmante.
O Grupo Wagner vem lutando pela Rússia em várias regiões do planeta e iniciou seu apoio ao plano geopolítico de Putin na invasão da Crimeia, região ucraniana invadida pela Rússia em 2014.
O grupo mercenário Wagner tem obtido praticamente as únicas e poucas vitórias da invasão russa na Ucrânia e Prighozin diz que os generais russos têm inveja dele porque não conseguem avançar no front. Em retaliação a ele, o alto comando russo estaria boicotando seu trabalho, segundo denúncia dele mesmo.
Em denúncia publicada na Revista Sociedade Militar em 28 de abril de 2023, um dossiê do perfil do Grupo Wagner (nome adotado em homenagem ao músico de Hitler), traz um histórico de sua fundação e de sua orientação neonazista adotada por seus fundadores e de outros grupos mercenários russos que lutam na Ucrânia. A matéria é intitulada ´´Putin e os mercenários de orientação nazista: o lado obscuro da Rússia na guerra na Ucrânia´´.
Essa decisão de Prighozin se dá exatamente no momento em que a Ucrânia está anunciando uma grande contraofensiva contra o exército russo que pode acontecer ainda nesta primeira quinzena de maio. O arsenal já disponibilizado pela OTAN à Ucrânia consiste de muitos equipamentos, alguns de última geração, entre tanques, mísseis, peças de artilharia, caças, drones etc.
Direto da redação da Revista Sociedade Militar.
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