Reportagem do portal Metrópoles revelou atividades de instituição islâmica que procura e recruta índios do interior da Amazônia para serem treinados em Manaus estudando árabe e turco para daí levá-los a Turquia.
O grupo islâmico que seleciona esses índios menores chama-se ASHAM – Associação Solidária Humanitária do Amazonas e seu chefe chama-se Abdulhakim Tokdemir, que desde 2019 tem catequizado dezenas de crianças e adolescentes indígenas da Amazônia para seguir o islã. Não há registro de islamização de indígenas antes disso na história do Brasil.
A maioria desses jovens são nativos da etnia tukana e outras do município de São Gabriel da Cachoeira, na região também conhecida como Cabeça do Cachorro, o terceiro maior município do Brasil e que tem o tamanho do estado de Santa Catarina. A questão,pelo que se sabe, ainda não foi publicamente abordada por antropólogos, que comumente se manifestam no que diz respeito ao risco contra costumes e cultura das populações indígenas.
A Cabeça do Cachorro está na fronteira com Colômbia e Venezuela e fica num dos lugares mais profundos e inacessíveis da Amazônia.
É, também, o município mais indígena do país, tanto no seu núcleo urbano quanto na zona rural, onde há 750 comunidades de 23 povos indígenas diferentes. Além do Português, são as línguas oficiais da cidade o Tukano, o Baniwa e o Nheengatu (língua franca no Brasil colonial difundida pelos jesuítas, e hoje só falada lá), conforme apurado pela Revista Sociedade Militar.
A espetacular reportagem publicada pelo portal Metrópoles em 23/04/2003 pelo repórter Thalys Alcântara in locum causou perplexidade em muitos grupos ali envolvidos como a FUNAI, polícia local, Polícia Federal etc.
Quando se soube que há já vários índios brasileiros vivendo na Turquia e estudando em escolas islâmicas junto com jovens menores de outros países, normalmente de países com alta vulnerabilidade, uma luz amarela acendeu para algumas autoridades.
De posse dessas informações, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados resolveu debater nesta quarta-feira (10) a emigração de jovens indígenas da Amazônia para a Turquia.
De acordo com o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), que solicitou o debate, em reportagem veiculada no site Metrópoles, o repórter Thalys Alcântara discorre sobre o processo de islamização a que estariam submetidas crianças e adolescentes indígenas em comunidades de São Gabriel da Cachoeira (AM). Além da islamização, algumas crianças e adolescentes indígenas, desde 2019, emigraram para a Turquia durante o período de atuação de um grupo islâmico na região amazônica.
O grupo islâmico que comandaria a doutrinação se chama Associação Solidária Humanitária do Amazonas (Asham). Sua atuação na região amazônica, segundo a reportagem, visaria atrair crianças e adolescentes, do sexo masculino apenas, para aprenderem o idioma turco e árabe, receberem ensinamentos sobre o Alcorão e seguirem uma rotina religiosa (incluindo o respeito às orações diárias e o jejum do Ramadã). Em seguida, haveria o processo de emigração para a Turquia, mais precisamente para as cidades de Kutahya e Tarsus.“Entre as questões importantes de serem debatidas estão: como o grupo Asham entrou no País? o que já foi apurado pelos órgãos públicos em São Gabriel da
Cachoeira (AM)? quais ações foram tomadas pelo Ministério dos Povos Indígenas
(e Funai) e pelo Ministério das Relações Exteriores? há alguma informação sobre os brasileiros que estão na Turquia?“, questiona o parlamentarForam convidados representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Polícia Federal, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério dos Povos Indígenas, além do repórter do site Metrópoles, Thalys Alcântara.
Cachoeira (AM)? quais ações foram tomadas pelo Ministério dos Povos Indígenas
(e Funai) e pelo Ministério das Relações Exteriores? há alguma informação sobre os brasileiros que estão na Turquia?“, questiona o parlamentarForam convidados representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Polícia Federal, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério dos Povos Indígenas, além do repórter do site Metrópoles, Thalys Alcântara.
Fonte: Agência Câmara de Notícias.
Para acessar na íntegra a matéria do Metrópoles, clique em: https://www.metropoles.com/materias-especiais/em-nome-de-ala-grupo-islamico-doutrina-e-leva-indigenas-do-amazonas-para-a-turquia
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