Muitos internautas têm enviado questionamentos para a Revista Sociedade Militar por conta da publicação do processo administrativo movido pelo Exército Brasileiro contra o General de Divisão e atual deputado federal Eduardo Pazuello. O principal motivo das dúvidas é a menção ao Gabinete do Ministro da Guerra.
Nos últimos anos, principalmente por conta da enxurrada de informações veiculadas pela internet, muitas pessoas acreditam que são especialistas em assuntos que requerem muito tempo para que se obtenha um mínimo de base para discussão. As questões militares estão entre as temáticas que demandam mais tempo para que se obtenha familiaridade.
Não basta ter servido um ano como recruta, ou alguns anos como oficial ou sargento temporário, haja vista que a gama de informações enorme, o número de especialidades e sub especialidades pelas quais estão divididos os militares, que se conta em centenas e o número de regulamentos utilizados em cada uma das forças é gigantesco.
O Ethos militar, as tendências de comportamento, as ações e reações dificilmente podem ser compreendidas, interpretadas ou previstas por alguém que não conhece a fundo esse extrato tão singular da sociedade. A falsa noção de que pode se compreender a fundo esse grupo tem levado muitos cidadãos a afirmações equivocadas e até a ações sem fundamentos.
Nos últimos dias recebemos algumas críticas e até acusações de publicar um documento fake por conta da menção ao Gabinete do Ministro da Guerra no boletim de acesso restrito assinado pelo comandante do Exército Brasileiro para apurar os indícios de contravenção militar que teria sido cometida pelo então militar da ativa general Pazuello.
O Gabinete do Ministro da Guerra foi extinto em 10 de maio de 1991 durante o governo de Fernando Collor de Mello. Entretanto, o termo foi mantido por tradição e é citado entre parênteses em todas as publicações oficiais cuja origem é o gabinete do comandante do Exército Brasileiro.