Prisioneiros de guerra ucranianos recém libertados contaram detalhes de sua passagem através de campos de tortura russos. Em depoimentos de gelar a espinha, os dois soldados descreveram não apenas as torturas diárias da prisão, como revelaram que haviam sido castrados com canivetes pelos soldados russos.
Os dois homens, de 25 e 28 anos, denunciaram a tortura logo após serem libertados. Um deles passou um mês como prisioneiro; o outro, três meses. Ambos faziam parte de uma troca de prisioneiros feita entre os governos russo e ucraniano.
Ao serem libertados, os dois soldados foram encaminhados primeiramente à tratamento psicológico, devido estarem apresentando fortes tendências suicidas.
Espancados regularmente
Conforme relatado pelo The Sunday Times, os dois soldados ucranianos disseram que foram espancados regularmente pelas tropas russas. No ápice da tortura, posteriormente, soldados russos alegadamente bêbados decidiram castrá-los usando um canivete.
Um dos soldados disse que havia “tanto sangue” por consequência da violência do ato, que não tinha certeza de como havia sobrevivido. Os russos teriam dito aos prisioneiros que aquilo seria para que não pudessem mais ter filhos.
A psicóloga que atende os soldados, Dra. Anzhelika Yatsenko, admitiu que “chorou e chorou” no banheiro depois que ouviu as experiências dos seus dois pacientes. Yatsenko declarou que foram as coisas mais horríveis que já ouviu.
Apesar das circunstâncias, no entanto, o mais velho dos dois homens voltou ao serviço no exército ucraniano.
Fontes: The Sunday Times / The Mirror