“Chegamos a US$ 9,8 bilhões [em comércio] no ano passado. E estamos muito próximos da nossa meta de US$ 10 bilhões. Esperamos que, quando o presidente russo vier ao Brasil em 2024, alcancemos essa meta. Esperamos quebrar esse recorde histórico”, disse o embaixador brasileiro Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto na mesa-redonda “Rússia-Brasil”, durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.
A Rússia é o maior exportador mundial de fertilizantes, enquanto o Brasil é um dos principais importadores, disse o embaixador, acrescentando que Brasília espera diversificar seu comércio com a Rússia e aprofundar a cooperação em investimentos.
Em fevereiro de 2022, o então presidente brasileiro Jair Bolsonaro, em visita a Moscou, convidou Putin para uma visita ao Brasil. O dirigente russo aceitou o convite, ficando as datas da visita a combinar.
Putin pode ser preso se vier ao Brasil
Até o momento, ainda vale o mandado de prisão emitido contra Vladmir Putin pelo Tribunal Penal Internacional no dia 17 de março deste ano. O Brasil tem em sua Lex Magna, artigo 5º, §4º, a previsão de submissão à jurisdição e de adesão ao TPI, o que obriga o país a acatar suas decisões. Isso inclui mandados de prisão para suspeitos de crimes de guerra, como Putin.
O Brasil é uma figura importante dentro do TPI. O papel de destaque internacional brasileiro com o Tribunal Penal Internacional fez inclusive com que o país tivesse uma jurista como juíza da corte, a Desembargadora Sylvia Steiner, entre os anos de 2003 a 2016.
Legalmente, as autoridades brasileiras, pelo menos até o momento, não teriam escolha, a não ser prender Vladmir Putin. Na eventual possibilidade de Putin vir ao país e não ser preso, não apenas serão violadas leis do direito internacional, mas também as leis brasileiras.
Resta esperar pra saber o que irá acontecer.
Fontes: Sputnik Globe / ConJur