“Total de mortos já passa de 400”, declarou uma autoridade queniana, após exumações na floresta Shakahola. Nesse local, o líder da seita Paul Nthenge Mackenzie supostamente pediu aos seguidores que simplesmente… morressem de fome.
“A exumação continua amanhã”, declarou a comissária Onyancha, enquanto investigadores procuram mais sepulturas na floresta. As primeiras vítimas, algumas já mortas, e outras agonizantes, foram descobertas ainda no mês de abril.
De acordo com as autópsia, a fome parece ter sido a principal causa de morte, embora algumas vítimas, incluindo crianças, tenham sido estranguladas, espancadas ou sufocadas.
O autoproclamado pastor Paul Nthenge Mackenzie fundou a Good News International Church em 2003.
Pastor já era polêmico há pelo menos 6 anos
Mackenzie já havia violado a lei em 2017, quando foi acusado de incentivar crianças a não frequentarem a escola. Na ocasião, o pastor alegava que a Bíblia não reconhecia a educação.
O pastor foi preso novamente em março deste ano, depois que duas crianças morreram de fome. No entanto, após a descoberta das valas comuns perto da cidade de Malindi, Mackenzie, sua esposa e 16 outros réus estão aguardando julgamento.
Os 16 homens atualmente são acusados de operar uma “gangue de executores” armada, cujo objetivo era garantir que ninguém quebrasse o jejum ou deixasse seu esconderijo na floresta com vida. A princípio, todos estão presos.
Posteriormente, o ministro do Interior, Kithure Kindiki, declarou que este é “o pior massacre na história de nosso país”. O ministro prometeu, no entanto, “pressionar implacavelmente por reformas legais para prender pregadores desonestos”.
Fonte: France24