A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado realizou, nesta quarta-feira (19), uma importante audiência pública cujo objetivo era os diplomatas indicados para assumir representações brasileiras no exterior. A CRE realizou também uma audiência pública com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com os comandantes das Forças Armadas sobre defesa cibernética, ocasião em que os representantes das Forças Armadas destacaram a necessidade de mais investimentos nessa área devido à crescente demanda.
Durante o encontro, o comandante do Exército, general Tomás Miguel Paiva, enfatizou que as três Forças, Marinha, Exército e Aeronáutica, trabalham em conjunto para proteger o país no ciberespaço, ressaltando mais uma vez a necessidade de mais investimentos na área pela crescente demanda. A comissão também planeja avaliar a política de defesa cibernética do governo no decorrer do ano.
Em maio deste ano, em outra audiência realizada no Senado, o comandante do Exército já manifestara a necessidade de investimentos para a proteção a proteção do ciberespaço
“Acho que é desnecessário até ficar ressaltando aqui a importância da defesa cibernética num país como o nosso. Só para terem uma ideia, o Brasil sofreu, só no ano passado, 103,16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. Investimentos em 2023: Estados Unidos, 11,2 bilhões e o Brasil 16,8 milhões. Então é uma área que vamos ter necessidade de mais investimento”, disse o comandante.
Na ocasião, a reclamação do comandante Tomás Miguel Paiva teve eco nas palavras do ministro José Múcio, quando este afirmou, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que os programas nuclear, cibernético e espacial teriam prioridade na pasta. O ministro chegou a anunciar o envio de uma proposta para aumentar o orçamento das Forças Armadas, vinculando os investimentos ao crescimento econômico.
Voltando. A audiência da quarta-feira, contou ainda com a participação do presidente da comissão, o senador Renan Calheiros, que fez um importante questionamento sobre o uso político das Forças Armadas. Ele ressaltou que a Marinha, o Exército e a Aeronáutica são instituições de Estado e devem agir de forma imparcial, sem viés político ou ideológico.
Diz respeito ao uso político de nossas Forças Armadas. Como Vossa Excelência percebe esta questão para garantir que nossos militares não se conduzam sobre vieses políticos e ideológicos, uma vez que, como todos sabem, Marinha, Exército e Aeronáutica são instituições de Estado, permanentes, disse o senador.
Fonte: Agência Senado