Entre os anos de 2012 e 2022, as taxas de pobreza em países importantes da América do Sul sofreram mudanças notáveis, particularmente, nos indicadores de pobreza. Principalmente, Venezuela, Bolívia, Argentina e Brasil viram suas realidades socioeconômicas se transformarem de formas semelhantes – e extremamente negativas – durante esse período.
De um modo geral, as taxa de pobreza de toda a América do Sul aumentaram agressivamente na última década. Apenas o Paraguai teve resultados positivos. Todo o resto da América do Sul piorou; em alguns casos, como na Argentina, piorou de forma exponencial. Quais seriam as razões pra esse fenômeno?
Venezuela: A Queda de um Gigante
A Venezuela, outrora vista como uma economia próspera devido à exportação de petróleo, enfrentou uma decadência profunda durante as últimas duas décadas. O percentual da população vivendo com menos de US$ 5,50 por dia saltou de 29% para alarmantes 90%. A crise venezuelana tornou-se um exemplo trágico de má gestão econômica, instabilidade política e fatores externos adversos.
A combinação de preços do petróleo em queda, políticas econômicas insustentáveis e corrupção generalizada foi um coquetel devastador. A inflação desenfreada dilapidou o poder de compra da população, enquanto a falta de investimentos e a deterioração dos serviços públicos contribuíram para o colapso geral. A imagem compartilhada ilustra o colapso do valor da moeda local, o bolívar, que perdeu valor de forma impressionante em relação ao dólar americano.
Argentina: Uma montanha-russa Econômica
A Argentina, já historicamente conhecida por sua instabilidade econômica, viu um declínio absurdo na qualidade de vida no início do período analisado, com a taxa de pobreza se elevando de 4% para impressionantes 36%. A moeda desvalorizada, altas taxas de inflação e uma dívida pública considerável criaram um ambiente extremamente volátil no país.
Brasil: Entre Altos e Baixos
O Brasil não ficou de fora, tendo também enfrentado suas próprias oscilações econômicas e sociais. Entre 2012 e 2022, a taxa de pobreza no Brasil passou de 26% para 30%. Essa mudança reflete a complexa interação entre fatores econômicos, políticos e sociais que moldam a realidade dos brasileiros.
Lições Extraídas
As trajetórias de Venezuela, Bolívia, Argentina e Brasil durante o período de 2012 a 2022 refletem os desafios econômicos, políticos e sociais enfrentados pela América do Sul. A má gestão econômica, a instabilidade política e a dependência de commodities são fatores comuns que contribuíram para essas flutuações.
A lição mais importante extraída dessas experiências é a necessidade de políticas econômicas sustentáveis, investimento em educação e infraestrutura, além de instituições transparentes e responsáveis. Somente através dessas medidas será possível construir uma base sólida para o crescimento econômico e a redução da pobreza, garantindo um futuro mais promissor para a América do Sul e seus cidadãos.