O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marcos Antônio Amaro, confirmou ao Metrópoles que o GSI vai abrir investigação sobre três militares suspeitos de enviar detalhes de segurança das viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro preso e alvo da CPMI do 8 de Janeiro.
O general também assegurou que os militares já estavam afastados das atividades do GSI. As exonerações devem ser publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (9/8).
Segundo reportagem da coluna do Guilherme Amado, do Metrópoles, os e-mails funcionais de Cid enviados à comissão mostraram que ele recebeu documentos “urgentíssimos”, de militares lotados no GSI, sobre quatro viagens e três eventos de Lula, dentro e fora do país.
As mensagens da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, do GSI, foram enviadas a Cid de 6 a 13 de março deste ano. Naquela época, Cid e Bolsonaro estavam nos Estados Unidos. O ex-presidente deixou o Brasil ainda em dezembro, para não passar a faixa presidencial a Lula.
Ainda segundo a reportagem, Cid recebeu em sua caixa de entrada os detalhes de segurança das viagens de Lula a Pequim e Xangai, na China; Brasília, em três eventos; Foz do Iguaçu (PR); e Boa Vista (RR), que aconteceram em março e abril.
Os e-mails partiram de três militares do GSI: Márcio Alex da Silva, do Exército; Dione Jefferson Freire, da Marinha; e Rogério Dias Souza, da Marinha. Todos já trabalhavam no GSI na gestão Bolsonaro.