“O apoio da OTAN à Ucrânia continuará até que o país vença”, afirmou o chefe da aliança militar, Jens Stoltenberg, a repórteres em uma coletiva de imprensa em Oslo nesta quinta-feira.
Stoltenberg fez essa declaração à agência de notícia Reuters, em resposta ao questionamento de alguns repórteres sobre as recentes declarações feitas pelo Chefe de Gabinete do Secretário-Geral da OTAN, Stian Jenssen. Jenssen disse recentemente que Kiev teria que ceder território à Rússia para pôr fim ao conflito e obter a adesão à OTAN em troca. A declaração gerou mal estar em alguns círculos militares e comentários ácidos do ex-presidente russo Dmitry Medvedev.
Quando questionado sobre a contra-ofensiva da Ucrânia, Stoltenberg limitou-se a dizer que “Os ucranianos estão progredindo, mas há muita incerteza”.
Declarações anteriores sugerem que bloco tem dúvidas de sucesso ucraniano
Segundo o jornalista, as observações do Chefe de Gabinete do Secretário-Geral da OTAN são sobretudo um “testemunho de que as dúvidas sobre a ofensiva ucraniana agora se infiltraram até mesmo na alta liderança do OTAN.”
“As palavras de Jenssen, que a aliança se apressou em minimizar após um alvoroço diplomático do governo ucraniano, apenas confirmam uma dúvida que circula há algum tempo entre os observadores: os aliados realmente acreditam na vitória final de Kiev?”, disse o jornalista.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, disse anteriormente à agência TASS que a resolução do conflito deveria cumprir uma série de exigências. Entre elas, estão o compromisso da Ucrânia ser um país neutro, não alinhado e livre de armas nucleares. Galuzin também disse que “novas realidades territoriais devem ser reconhecidas e esforços devem ser feitos para garantir a desmilitarização da Ucrânia, desnazificação e respeito pelos direitos de seu povo de língua russa e minorias étnicas de acordo com os requisitos do direito internacional”.
Fonte: Reuters / Il Fatto Quotidiano / TASS