A Coreia do Norte lançou vários mísseis de cruzeiro em direção ao mar neste sábado, afirmam militares da Coreia do Sul. A ação seria uma resposta aos exercícios militares envolvendo Estados Unidos e Coreia do Sul que aconteceram no final do mês passado.
Militares da Coreia do Sul detectaram os lançamentos já na manhã de sábado, disse o Estado-Maior Conjunto do Sul em um comunicado.
O comunicado disse que as autoridades de inteligência sul-coreanas e norte-americanas estavam analisando detalhes dos lançamentos. O documento afirma ainda que a Coreia do Sul reforçou a sua postura de vigilância e mantém uma firme prontidão militar em estreita coordenação com os Estados Unidos.
Resposta à exercícios militares conjuntos
Os lançamentos ocorreram dois dias depois do encerramento dos exercícios militares envolvendo Estados Unidos e Coreia do Sul. O treinamento, que durou 11 dias, é considerado pela Coreia do Norte como um ensaio para uma eventual a invasão. Autoridades de Washington e Seul afirmam que seus exercícios são defensivos.
Assim, um dia antes do término oficial dos exercícios na parte sul da península, a Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance em direção ao mar. Segundo informou o país, o objetivo do lançamento seria simular ataques nucleares ao estilo “terra arrasada” contra a Coreia do Sul. O Norte também declarou que realizava simultaneamente um exercício militar visando sobretudo ensaiar uma ocupação do território sul-coreano, em caso de conflito.
O lançamento dos mísseis acontece em uma semana inegavelmente turbulenta para a Coreia do Norte. No dia 24 de agosto passado, o país falhou pela segunda vez na tentativa de colocar um satélite espião militar em órbita. Os militares norte-coreanos, no entanto, já disseram que farão uma nova tentativa em outubro.
Especialistas estrangeiros dizem que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, usa os exercícios militares entre EUA e Coreia do Sul como pretexto para expandir seus arsenais nucleares e de mísseis balísticos. Semelhantemente Kim busca o reconhecimento internacional como um estado nuclear legítimo para que a ONU, enfim, retire suas sanções contra o país.
Fonte: Military Times