A China reiterou a sua posição de que um cessar-fogo e diálogos de paz são a “única forma” de acabar com a guerra na Ucrânia. A crise começou com a invasão em grande escala da Rússia em Fevereiro de 2022.
“A cessação das hostilidades e a retomada das conversações de paz são a única maneira de resolver a crise na Ucrânia”, disse o vice-presidente Han Zheng à Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) na sua reunião anual.
A China tentou posicionar-se como agente pacificador e árbitro neutro no conflito, embora tenha se recusado a condenar Moscou pela invasão.
No entanto, apesar das declarações do vice-presidente, os esforços de Pequim para mediar uma resolução do conflito não tem registrado muitos progressos. Além disso, há um ar de ceticismo quanto à sua professada neutralidade, dados os seus laços cada vez mais profundos com a Rússia.
China em busca de protagonismo global
O presidente chinês, Xi Jinping, visitou Moscou em março, onde se encontrou com Vladimir Putin e brindou a uma “nova era” de cooperação.
A China apresentou-se como líder para o mundo em desenvolvimento, desejando impulsionar o desenvolvimento, as infra-estruturas e a influência chinesa, principalmente nas economias em desenvolvimento. O país é a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
No entanto, o presidente chinês foi um dos quatro líderes dos membros permanentes do Conselho de Segurança que não compareceu à reunião deste ano. O presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak e o russo Putin também faltaram ao evento, deixando o presidente dos EUA, Joe Biden, o único líder de um membro permanente do Conselho de Segurança a discursar na assembleia.
Um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a China deseja “continuar a desempenhar um papel construtivo”, acrescentou o vice-presidente chinês. Contudo, Han Zheng não deu mais detalhes.