Barragens de foguetes foram inesperadamente lançadas da Faixa de Gaza contra diversas cidades em Israel nesta sexta-feira, deixando pelo menos 348 mortos e milhares de feridos, informaram médicos locais à agência de notícias AFP. Além disso, o ataque destruiu pelo menos um blindado israelense.
O exército israelense fez soar sirenes nas áreas sul e central do país, instando o público a ficar perto de abrigos antiaéreos.
O braço armado do grupo palestino Hamas disse estar por trás dos disparos. O Hamas declarou que seus militantes já lançaram mais de 5.000 foguetes.
“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação israelense. O tempo de violência sem serem responsabilizados acabou”, declarou o grupo.
“Anunciamos a Operação Al-Aqsa Flood e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5.000 foguetes.”, disse o comunicado.
“Estado de Guerra”
Israel declarou “estado de guerra” após o ataque de foguetes, que os militantes palestinos do Hamas declararam ter sido apenas “o primeiro”.
As forças de defesa do país também alegaram uma infiltração de militantes do Hamas, considerados terroristas. O ataque incluiu até mesmo o uso de parapentes. Os invasores também atiraram em carros civis que trafegavam pelas ruas e estradas.
“As Forças de Defesa de Israel declaram estado de prontidão para a guerra. Houve disparos generalizados de foguetes contra o território israelense vindos de Gaza, e terroristas se infiltraram no território israelense através de vários pontos de entrada”, disseram militares israelenses.
Enquanto isso, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que em breve convocará uma reunião de chefes de segurança. “O Hamas pagará um preço elevado pelas suas ações”, afirmou o governo.
Bloqueio de Israel à Gaza
Israel impôs um bloqueio à Gaza em 2007, depois que o grupo radical Hamas assumiu o poder. Desde então, militantes palestinos e o exército israelense travaram diversas guerras, sem avanços nas negociações.
O ataque ocorre em resposta sobretudo ao grave período de tensões do mês de Setembro, quando Israel fechou a fronteira a trabalhadores de Gaza durante duas semanas.