No último dia 24, na área do campo petrolífero de Essequibo, uma enorme bandeira da Guiana foi hasteada. A região, reivindicada pela Venezuela, é alvo de disputa a pelo menos dois séculos.
Em resposta, a Venezuela denunciou as autoridades guianenses, chamando-as de “arrogantes”.
A região norte da América do Sul enfrenta tensões não vistas há muito tempo. Por conta disso, alguns relatos não confirmados sugerem que militares brasileiros foram colocados em alerta máximo. A razão seria sobretudo à descoberta recente de movimentos significativos de equipamento militar e pessoal na fronteira oriental da Venezuela com a Guiana. Autoridades acreditam que a Venezuela poderá invadir a Guiana em breve.
A região da Guiana Esequiba representa mais de 60% do território da Guiana. O governo venezuelano, no entanto, reivindica soberania sobre a região.
Venezuela acusa Estados Unidos de intervir
A Venezuela, por sua vez, acusa os Estados Unidos de deslocarem tropas para a República da Guiana numa tentativa de interferir na soberania do campo petrolífero de Essequibo. O líder venezuelano Nicolás Maduro alega que os Estados Unidos inclusive já começaram a construir uma base militar na Guiana.
Anteriormente, as tensões entre a Guiana e a vizinha Venezuela chegaram ao auge quando a Venezuela anunciou que iria organizar um referendo popular sobre a “anexação” da região em 3 de dezembro.
Agências de inteligência brasileiras anunciaram que obtiveram informações indicando que o exército venezuelano tem a intenção de lançar uma operação militar contra a República da Guiana após o referendo de domingo. Posteriormente, o exército brasileiro transferiu uma unidade da 5ª Divisão de Infantaria para a fronteira.
Em meio as tensões, a República do Suriname, que faz fronteira com a Guiana, também começou a reivindicar direitos sobre a região. Há preocupações de que o Suriname possa aproveitar a eclosão de uma eventual guerra entre a Guiana e a Venezuela para atacar o país vizinho na disputada região de Tigray.
Fonte: news.163.com