Após manter as redes sociais oficiais fechadas para comentários do início do ano até meados de abril, finalmente o Comando do Exército Brasileiro decidiu permitir que usuários do Twitter e Facebook pudessem postar suas opiniões a respeito das postagens oficiais feitas na página principal do Comando do Exército Brasileiro. Questionado pela Revista Sociedade Militar, um militar que opera redes sociais em uma das Forças Armadas explica, sob condição de anonimato, que a ordem é não comentar sobre as postagens negativas.
Um texto recente publicado no blog oficial do Exército diz que haveria um “leve desgaste” esse ano. Soando como uma espécie de autodefesa, realizada pelos administradores das mídias sociais do Exército, o artigo do coronel Cesar Augusto Lima Campos de Moura, o próprio responsável pela estratégia digital das campanhas desenvolvidas pelo Exército nas mídias sociais, diz ainda que “o conteúdo gerado tem qualidade e relevância, conseguindo ressoar em uma vasta audiência”.
Bem, o que se sabe é que na prática de cada 10 comentários feitos por seguidores do Exército Brasileiro nas redes sociais principais da força, pelo menos 8 são negativos, de pessoas criticando os comandantes e oficiais em geral, usando termos como carreiristas, traidores e outros.
Tudo indica que há certo descompasso entre a visão de mundo do general Tomás, comandante do Exército, que mantém as redes oficiais do comando abertas, e a de alguns generais do Alto Comando, que mantém redes sociais das suas regiões militares fechadas para críticas.
O comando Militar da Amazônia, administrado pelo General de Exército RICARDO AUGUSTO FERREIRA COSTA NEVES, apesar de em sua página oficial na internet incentivar que se acompanhe as mídias sociais da instituição, aparentemente não quer se submeter às criticas que recaem sobre as mídias sociais da sua área de jurisdição do Exército Brasileiro. Uma observação rápida permite atestar que no Comando, apesar de perceber-se postagens oficiais praticamente todos os dias, está proibida a participação de cidadãos nos campos de comentários. As redes Twitter e Instagram do Comando Militar da Amazônia estão fechadas para comentários.
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar