A Marinha do Brasil, reforçando seu poder naval, incorporou o submarino “Humaitá” (S41) à sua frota no dia 12 de janeiro. Este submarino, o segundo dos quatro planejados no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), foi entregue na Base de Submarinos da Ilha da Madeira. O “Humaitá” é um submarino convencional com propulsão diesel-elétrica, resultado de uma parceria estratégica com a França.
O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, destacou a importância do PROSUB, não só para o fortalecimento do Poder Naval brasileiro, mas também para a projeção internacional do Brasil. Ele ressaltou que “uma Marinha forte é essencial para o funcionamento de nossa economia”, citando a importância da Amazônia Azul, por onde transitam 95% das exportações e importações do país.
O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, enfatizou o audacioso passo dado pelo Brasil com a assinatura da parceria em 2008, que além de transferir tecnologia, permite a construção de um Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN).
O “Humaitá” tem capacidade operativa de até 80 dias em patrulha, equipado com um sistema de propulsão e geração de energia avançado e recursos de redução de ruídos, conferindo-lhe um elevado “poder de ocultação”. Com um sofisticado Sistema de Combate, o submarino é um meio diferenciado e vantajoso em diversas situações.
O presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN), Renaud Poyet, afirmou que a empresa está construindo o que há de mais moderno no setor naval de defesa mundial, incluindo a nova classe de submarinos, a Classe Riachuelo, derivada do modelo francês Scorpène.
O Capitão de Fragata Martim Bezerra de Morais Júnior, Comandante do “Humaitá”, explicou que o submarino é indispensável para a Defesa Naval, atuando na negação do acesso de embarcações hostis em espaços marítimos de interesse nacional.
A incorporação do “Humaitá” representa um marco importante no PROSUB, consolidando-o como um dos mais relevantes Programas Estratégicos do Estado brasileiro.