O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou uma proposta do Hamas para acabar com a guerra. A proposta exigira a retirada total das forças israelenses em troca de libertar os cativos capturados pelo grupo terrorista no dia 7 de outubro. Além disso, o grupo terrorista exigia a libertação de seus prisioneiros e a aceitação incondicional da governança de Gaza pelo grupo.
Netanyahu, que está sob crescente pressão interna para trazer os cativos para casa, disse que aceitar as condições do Hamas significaria deixar o grupo armado “intacto” e que os soldados de Israel “caíram em vão”.
“Rejeito abertamente os termos de rendição dos monstros do Hamas”, disse Netanyahu, neste domingo. “Se aceitarmos isto, não seremos capazes de garantir a segurança dos nossos cidadãos. Não poderemos trazer os evacuados para casa em segurança e o próximo dia 7 de outubro será apenas uma questão de tempo”, acrescentou o líder israelense.
Estado independente
Posteriormente, Netanyahu repetiu a sua oposição a um Estado palestino independente, insistindo que não comprometeria o “total controle de segurança israelense sobre toda a área a oeste da Jordânia”.
Netanyahu está sob pressão em múltiplas frentes, enquanto as famílias dos cativos pedem um acordo para garantir o regresso dos seus entes queridos. Além disso, os membros da coligação de extrema-direita pressionam por uma escalada da guerra.
Na noite de domingo, o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas iniciou um protesto em frente à casa do líder israelense em Jerusalém. Posteriormente, o grupo prometeu não sair até que Netanyahu concordasse com um acordo sobre a libertação dos cativos.
“Se o primeiro-ministro decidir sacrificar os reféns, ele deverá mostrar sobretudo liderança e partilhar honestamente a sua posição com o público israelita”, afirmou o grupo num comunicado.
O Hamas ainda mantém 136 pessoas em cativeiro, segundo autoridades israelenses. O grupo terrorista divulgou no domingo um relatório descrevendo o ataque ao sul de Israel como “um passo necessário e uma resposta normal”, embora admitindo “falhas” na sua execução.