A companhia aéra Gol anunciou nesta quinta-feira, dia 25, que a empresa e suas subsidiárias estão entrando com pedido de recuperação judicial e reestruturação patrimonial nos Estados Unidos. O objetivo dessa medida é sobretudo aliviar sua crise financeira e obter mais tempo para captar recursos para reestruturação de dívidas. Agências de risco estimam que a dívida da empresa chegue surpreendentemente a 20 bilhões de reais.
A empresa está buscando financiamento de US$ 950 milhões no âmbito de um processo de recuperação judicial nos EUA. A ideia seria permitir à empresa iniciar a reestruturação financeira enquanto mantém a atividade empresarial.
Negócios sofrerão paralização
De acordo com um comunicado da própria Gol, seus negócios no Brasil não serão afetados. Segundo a empresa, todos os voos estariam operando normalmente conforme planejamento. Além disso, todas as passagens e reservas ainda são válidas e a empresa continuará a realizar voos em diversas rotas. De acordo com a companhia, o pagamento de salários aos funcionários da empresa também acontecerá normalmente.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, criticou mais uma vez o governo Bolsonaro por não fornecer auxílio às companhias aéreas afetadas pela epidemia. A epidemia de COVID-19 teve um sério impacto na indústria da aviação global. Os governos de alguns países forneceram apoio e assistência às companhias aéreas para reduzir as perdas causadas pela epidemia às companhias aéreas. No entanto, ainda que o Fundo Nacional de Aviação Civil do Brasil tivesse condições, segundo o ministro, o governo anterior não forneceu apoio às companhias aéreas.
O ministério acrescentou ainda que espera que a Gol possa sair da sombra da dívida através desta proteção contra falência e alcançar uma posição financeira saudável. Assim como diversas outras grandes companhias aéreas que pediram recuperação judicial (Latam, Delta, United, Aeroméxico, etc.), o ministério espera que o plano de reestruturação da dívida da Gol fortaleça a empresa e melhore sua capacidade de atrair investimentos, proporcionando assim melhores serviços aos passageiros.
Fonte: China2Brazil