Tropas russas continuam sua marcha incessante no leste da Ucrânia pela terceira semana consecutiva. Imagens de satélite do dia 29 de fevereiro mostraram que os russos avançaram 5 km a oeste de Avdiivka, nos arredores de Orlivka e Berdychi. Já no dia seguinte, finalmente conquistaram a cidade de Orlivka.
Pela estimativa do Ministério da Defesa russo, as forças de Moscou levaram quatro meses para avançar 9 km (5,6 milhas) através da região de Donetsk antes de tomar Avdiivka.
5 km em três semanas configura surpreendentemente um progresso que os especialistas classificam como rápido. Recentemente, houveram mudanças qualitativas nas táticas russas, o que pode significar ainda mais problemas para a Ucrânia.
Guerra no Ar
Por outro lado, a força aérea da Ucrânia tem eliminado caças-bombardeiros Sukhoi-34 e Sukhoi-35 em números cada vez mais crescentes, incluindo seis Su-34 apenas nos dias 28 e 29 de fevereiro.
Além disso, as defesas aéreas da Ucrânia abateram 36 dos 43 drones que a Rússia lançou entre 29 de fevereiro e a última terça-feira. No entanto, autoridades alertaram que o país poderia ficar sem mísseis para as suas baterias de defesa aérea sem não houver apoio.
Especialistas sugerem que a Rússia pode estar aceitando perdas maiores em troca de aumentar o poder de fogo.
A Forbes e o The New York Times relataram que a Rússia estava adotando táticas aéreas mais agressivas, a uma taxa crescente de 100 ou mais missões por dia na frente oriental. O presidente ucraniano, por sua vez, alertou em 25 de Fevereiro que as forças russas planejavam uma nova ofensiva importante para acontecer em maio.
Guerra no Mar
O ponto mais positivo para a Ucrânia durante a semana foi o naufrágio do navio russo Sergei Kotov, no leste da Crimeia, na manhã de terça-feira.
O Grupo 13 da inteligência militar ucraniana lançou drones navais Magura V, que a Ucrânia afirma ser os mais rápidos no Mar Negro. O porta-voz da inteligência militar, Andriy Yusov, disse que o navio sofreu cinco impactos diretos.
O último par de drones pareceu detonar dentro do casco, que havia sido rasgado por explosões anteriores.
O Grupo 13 já realizou operações especiais anteriores com drones navais, por vezes em cooperação com o Serviço de Segurança da Ucrânia, afundando ou incapacitando de um terço a metade da Frota Russa do Mar Negro.