Segundo o site do Jornal 247, em entrevista dada hoje pela manhã à Rádio CBN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a revisão de gastos da Previdência não vai acontecer imediatamente. Num primeiro momento o Governo deve abordar a questão dos subsídios, desonerações e altos salários.
Lula expressou surpresa ao descobrir que há R$ 546 bilhões em benefícios fiscais para os mais ricos e questionou essa distribuição.
“A equipe econômica tem que me apresentar as necessidades de corte. Ontem [segunda-feira (17)] quando eu vi a demonstração da Simone Tebet [ministra do Planejamento], disse para ela que fiquei perplexo. A gente discutindo corte de R$ 10 bilhões ali, R$ 15 bilhões aqui e de repente você descobre que que tem R$ 546 bilhões de benefício fiscal para os ricos nesse país, como é que é possível?”, indagou o presidente sobre os benefícios fiscais.
Durante uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, foi discutida a Previdência dos militares, indicando que o assunto ainda passará por muitas discussões internas.
Lula também mencionou que qualquer mudança não se limitaria aos militares, mas também afetaria servidores do Executivo e do Judiciário.
O presidente também teria dito que uma eventual mudança não atingiria apenas a previdência dos militares, mas também de outros servidores do Executivo e do Judiciário.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que o regime dos militares é o que apresenta o maior déficit per capita, da ordem de R$159 mil. A possibilidade de revisão nas regras de aposentadoria de militares foi defendida na semana passada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), como uma das alternativas para reduzir os gastos do governo.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou um grande déficit per capita no regime dos militares. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, sugeriu revisar as regras de aposentadoria dos militares como forma de reduzir despesas governamentais.
No entanto, essa proposta é vista com cautela por José Múcio e outros membros do governo, preocupados com possíveis tensões entre o Planalto e as Forças Armadas.