O Peru está em avançadas negociações com a Coreia do Sul e a Korean Aerospace Industries (KAI) para a aquisição de aproximadamente 20 a 24 aeronaves de combate leve KAI FA-50.
Fontes de ambos os países indicam que uma carta de intenções deve ser finalizada nas próximas semanas. Isso prepará o terreno para um contrato que especialistas avaliam quase US$ 780 milhões, que deve se concluir antes do final do ano.
Proposta brasileira rejeitada
Essas novas aeronaves substituirão os antigos Cessna A-37B Dragonfly, anteriormente operados pelo Grupo Aéreo nº 7 em Piura. Além disso, outros Aermacchi MB-339, usados pelo Esquadrão nº 513 do Grupo Aéreo nº 51 em Pisco, também serão substituídos.
A decisão de optar pelo FA-50 veio após a rejeição da proposta brasileira de vender 24 aeronaves Super Tucano por US$ 480 milhões. Embora quase duas vezes mais caro, o FA-50 oferece capacidades significativamente superiores, superando principalmente concorrentes como o Leonardo M346 da Itália e o Scorpion da Textron americana.
Além disso, a aquisição do FA-50 é vista como um passo estratégico para o Peru ingressar no programa de caça de quinta geração KF-21 da Coreia do Sul. A Coreia do Sul demonstrou interesse em incluir o Peru no programa, especialmente após a diminuição do envolvimento da Indonésia, que afetou sobretudo a estabilidade financeira do projeto.
Modernização da Frota
A participação no programa KF-21 permitiria ao Peru substituir principalmente sua frota de MiG-29s da era soviética, atualmente com apenas nove operacionais. Além disso, há 12 Mirages 2000 franceses, em serviço desde a década de 1980, que também serão substituídos. Embora o F-16 também esteja sendo considerado, a entrada no programa KF-21 representaria um salto tecnológico significativo, aumentando substancialmente as capacidades aeroespaciais do Peru.