Em participação ao programa Entrevista CNN, dirigido pela jornalista Thais Herédia, neste domingo, 7 de julho, a Almirante Maria Cecília Conceição abordou a presença feminina nas Forças Armadas.
A Almirante, que é a terceira mulher e primeira negra a atingir o topo da carreira na Marinha, destacou o avanço e os desafios das mulheres no serviço militar.
Durante a entrevista, Maria Cecília revelou que a Marinha do Brasil poderá ter uma mulher no comando a partir de 2040.
Segundo ela, isso se dará por meio da meritocracia, onde o acesso aos cargos de liderança será baseado no desempenho e dedicação das oficiais.
A Almirante explicou que as mulheres operativas, que ingressaram na carreira há poucos anos, terão a chance de alcançar os mais altos postos após cerca de 40 anos de serviço.
“Nós acreditamos que a partir de 2040, porque as mulheres operativas, oficiais operativas, que podem chegar ao posto de um oficial general quatro estrelas, são as mulheres do Corpo da Armada, que se formaram há dois, três anos. Então, pelo tempo previsto de carreira, serão mais ou menos 40 anos de participação. E as que realmente trabalharem com dedicação, responsabilidade, disciplina terão essa possibilidade de, por meritocracia, atingirem os últimos postos da Força.”
Maria Cecília também ressaltou a importância da recente formação da primeira turma de mulheres combatentes na Marinha. Esse marco representa uma nova oportunidade de carreira para as mulheres no Brasil, permitindo seu ingresso em todos os níveis e postos dentro da Força.
Segundo a Almirante, a Marinha teve que se adaptar, criando estruturas físicas adequadas e modificando leis para garantir a segurança e igualdade no treinamento e nas oportunidades para as mulheres.
A entrevista contou ainda com a participação da analista política Jussara Soares, que questionou a Almirante sobre as adaptações necessárias para a entrada das mulheres nas Forças Armadas. Maria Cecília destacou que, além das mudanças físicas, houve necessidade de ajustes administrativos e legais para garantir que as mulheres possam competir e executar as mesmas tarefas que os homens.