O militar foi liberado em audiência de custódia e segue em liberdade, “cumprindo expediente de forma regular na respectiva Organização Militar”, segundo informa o G1.
O caso aconteceu quando a motorista, que prefere não se identificar, atendia o militar. O Sargento teria a ofendido verbalmente, menosprezando sua profissão e fazendo comentários homofóbicos. Em outro momento, o militar do Exército se identificou: “Sargento do Exército aqui. Me identifiquei, só isso.” Diante das agressões, a motorista acionou outros motoristas do aplicativo para ajudá-la e gravou parte das ofensas em áudio.
“Tu tem que fazer teu serviço, tá ligado? Tu já foi de contra a tudo que eu imaginei de um profissional da área. Que não é mulher, não é homem, eu nem sei o que é, só dirige”, disse o sargento em um dos trechos da gravação.
Ao ser questionado pela Polícia Civil, o militar tentou negar as ofensas homofóbicas, alegando que a discussão se deu apenas em torno do “profissionalismo” da motorista. No entanto, o delegado Fernando Ribeiro Vieira, responsável pelo caso, foi enfático: “Existe um áudio que a vítima gravou que eu entendi, em razão da ofensa, que ele se enquadraria numa conduta homofóbica, razão pela qual ele foi preso, detido em flagrante”.
O Sargento foi liberado em audiência de custódia e segue em função no Exército. O Comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada se limitou a dizer que “não compactua com atitudes homofóbicas” e que o militar “está à disposição da Justiça Estadual”.
O caso segue em investigação pelo Ministério Público, que deverá decidir se oferece denúncia contra o sargento. A motorista, por sua vez, se sente injustiçada e com medo: “É doloroso, a gente vê que existem pessoas que não respeitam outras pessoas”, desabafou.