Em meio a tensões na fronteira com a Venezuela e a proximidade das eleições no país vizinho, o Exército Brasileiro anuncia a recriação de uma companhia mecanizada e investimentos de R$ 2,5 bilhões nos próximos três anos. Segundo Marcelo Godoy, colunista do Estadão, a nova unidade, composta por cerca de 120 militares, estará equipada com mísseis anticarro israelenses Spike LR2 e MSS 1.2 AC e poderá ser utilizada em qualquer parte do território nacional.
Nova Organização Militar
A 1ª Companhia de Mísseis Anticarro Mecanizada (1ª Cia Msl AC Mec) será composta por cerca de 120 militares e estará equipada com mísseis Spike LR2 e MSS 1.2 AC, que têm um alcance médio de 5 km, e MSS 1.2 AC, com alcance de 3,5 km. A nova organização militar comporá a 11.ª Brigada de Infantaria Mecanizada.
A unidade terá capacidade para atuar em qualquer região do país, reforçando a capacidade de defesa do Exército Brasileiro.
A criação da companhia é vista como uma resposta às crescentes ameaças na fronteira com a Venezuela, onde o regime de Nicolás Maduro mobilizou tropas e blindados.
Investimentos do Exército
Além da criação da nova companhia, o Exército Brasileiro anunciou um plano de investimentos de R$ 2,5 bilhões nos próximos três anos.
Este valor será destinado à aquisição de novos lotes de mísseis e viaturas blindadas de combate fuzileiros (VBC Fuz), em substituição às Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) M-113-BR.
No total, o Exército planeja a compra de 78 viaturas de combate fuzileiros e 65 carros de combate de até 50 toneladas.
Ameaças na fronteira
A entrega dos mísseis Spike LR2, que estava atrasada desde 2022, veio em um momento de crescente tensão geopolítica, especialmente com as ameaças de Nicolás Maduro na fronteira com a Guiana.
A criação da nova companhia mecanizada e os investimentos planejados são partes da estratégia do Exército Brasileiro para aprimorar suas capacidades de defesa e dissuasão, respondendo prontamente a ameaças à soberania nacional.