Pouco conhecido pelo público em geral, inclusive entre os entusiastas de temas militares, o 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear é a principal unidade operacional do Sistema de DQBRN do Exército Brasileiro.
Os membros deste batalhão são a força de resposta inicial dos comandos militares de área em situações que exigem ações para restaurar a capacidade de combate das tropas expostas a agentes químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares em decorrência de conflitos armados.
O Batalhão atua também no reconhecimento de áreas, identificação e descontaminação de materiais, locais e pessoal.
TESTE DE IMERSÃO OPERACIONAL EM DEFESA NUCLEAR COM A GUARDA NACIONAL DE NOVA YORK E SIMULAÇÃO COM ARMAMENTO NÃO CONVENCIONAL
Segundo informações publicadas em seu site institucional, o Exército Brasileiro, realizou na última semana um exercício conjunto com o Exército dos Estados Unidos no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, denominado Operação Maracanã.
A atividade é uma imersão na realidade operacional na área de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) em grandes eventos, envolvendo tropas do Comando Militar do Leste e da Guarda Nacional de Nova York.
A Operação Maracanã simulou uma ameaça com armamento não convencional. Durante o exercício, foram feitos rastreamentos nas entradas e arquibancadas do estádio, além da simulação de um acidente químico, que mobilizou as equipes para detectar e conter a ameaça.
Cerca de cem figurantes representaram torcedores expostos ao agente químico no cenário simulado.
A PERSISTENTE AMEAÇA NUCLEAR E A PARCERIA ENTRE OS EXÉRCITOS BRASILEIRO E DOS EUA
O 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, que já atuou em eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016, participou do exercício.
Segundo o tenente-coronel Bifano, comandante do batalhão, “o exercício combinado é uma grande oportunidade para transmitirmos nossa expertise em grandes eventos”.
O coronel Mitchell, da Guarda Nacional, destacou a importância da parceria entre os exércitos: “o exercício destaca a importância da parceria entre os Exércitos Brasileiro e dos EUA.
“Existe uma persistente ameaça com a qual temos que lidar, e neste exercício empenhamos a nossa qualificação combinada e tentamos identificar e neutralizar a ameaça”.
Além de fortalecer a diplomacia militar entre o Brasil e os Estados Unidos, o exercício reafirma a importância global do trabalho da Força Terrestre na área de defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
NO CONHECIDO ACIDENTE DO “CÉSIO 137” EM GOIÂNIA, EM 1987, O 1º BTL DQBRN FOI ESSENCIAL PARA MINORAR OS EFEITOS DA TRAGÉDIA RADIOLÓGICA
Poucos sabem, mas o 1º Batalhão DQBRN tem atuado discretamente em diversas situações delicadas e traumáticas enfrentadas pela sociedade brasileira, como as seguintes:
Entre setembro e dezembro de 1987, a então Companhia Escola de Guerra Química (nome anterior do 1º Btl DQBRN) foi deslocada para Goiânia (GO) para lidar com o acidente envolvendo o radioisótopo Césio 137.
Desde 1989, a Unidade participa do Exercício Geral do Plano de Emergência das Usinas Nucleares de Angra I e Angra II, em coordenação com o SIPRON, do Ministério da Ciência e Tecnologia, apoiando atividades de monitoração, descontaminação e evacuação dos moradores de Angra dos Reis (RJ).
No vídeo promocional do Exército abaixo, o 1º Batalhão DQBRN – Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército Brasileiro em ação.