A Base Aérea de Recife (BARF) será desativada no próximo dia 24 de julho, conforme determinação do Comandante Geral da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.
A data marcada para a desativação da base coincide com o dia em que ela foi criada, há 83 anos.
A BARF surgiu em meio à Segunda Guerra Mundial, no ano de 1.941, quando havia um temor entre as Forças Armadas Brasileiras de que o Nordeste poderia ser atacado.
Contudo, nos dias atuais, conforme documentos da FAB, houve uma queda significativa nas atividades realizadas na base.
“Em virtude de não mais haver Unidades Aéreas sediadas, a vocação dessa nobre OM (organização militar) voltou-se para a Segurança e Defesa (SEGDEF), assim como apoio eventual a aeronaves militares em trânsito por Recife”, explicou o Comando da Aeronáutica.
Em nota, o comando alegou ainda que a desativação tem como objetivo promover a eficiência administrativa e econômica.
“Sendo assim, (…) decidiu-se pela desativação da BARF, visto que suas atividades, sob o prisma da economicidade e eficiência administrativa, podem ser adjudicadas a outras OM (organizações militares) locais, com plena capacidade de absorvê-las”, complementa.
Ainda em nota, a FAB diz que a desativação diz respeito “tão somente no que se refere aos aspectos de operações aéreas, mormente, em face de não mais existirem sediadas Unidades Aéreas em suas instalações”.
Transferência de subordinação
A desativação da Base de Recife implica fundamentalmente na transferência de subordinação, hoje, existente do Comando de Preparo (COMPREP) ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), mais especificamente ao Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 3).
Com isso, será preservada toda a infraestrutura existente, sem que haja a movimentação de efetivo para outras localidades, havendo inclusive a manutenção histórica da denominação da OM, já que a marca da Base Aérea do Recife permanecerá estampada na entrada principal.