Conquistar uma vaga nas olimpíadas é a realização de um sonho que demanda treinamento árduo, suporte contínuo e superação de desafios. O Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), coordenado pelo Ministério da Defesa, apoia atletas brasileiros para que alcancem a excelência em suas modalidades. Com 533 militares atualmente no programa, 98 já estão classificados para os Jogos Olímpicos de Paris.
Essas histórias de superação demonstram o impacto transformador do PAAR no esporte brasileiro. Atletas como Laura Amaro, Luiz Maurício da Silva e Viviane Lyra são exemplos de determinação e força, cada um superando barreiras e conquistando suas vagas no maior evento esportivo do mundo. Vamos conhecer mais sobre suas inspiradoras trajetórias rumo às Olimpíadas de Paris.
A força do levantamento de peso nos jogos olímpicos
A carioca Laura Amaro garantiu sua primeira vaga olímpica em Paris no levantamento de peso. Com 1,63 de altura, ela levantou 253 kg em Phuket, Tailândia, divididos em 112 kg no arranco e 141 kg no arremesso. Laura Amaro, Terceiro Sargento, é um exemplo de determinação e força. Sua jornada começou aos 13 anos, no Programa Forças no Esporte (PROFESP), uma iniciativa da Defesa que promove atividades esportivas para jovens em situação de vulnerabilidade.
Hoje, formada em educação física, Laura equilibra seus treinos com os estudos. Entrar no PAAR aos 19 anos foi um divisor de águas em sua vida, permitindo otimizar seu tempo e carreira. Em 2021, ela conquistou a medalha de prata no Mundial de Levantamento de Peso no Uzbequistão, a primeira medalha feminina do Brasil no evento. Nos Jogos Pan-americanos de Santiago em 2023, ela ganhou o bronze na categoria 81 kg. E na Copa do Mundo de Phuket, competição que garantiu sua vaga para Paris, Laura chegou ao top 10 do ranking mundial.
O lançador de dardo e um sonho de competir nas olimpíadas
O Terceiro Sargento Luiz Maurício da Silva também tem uma história inspiradora. Em 30 de junho, ele conquistou a medalha de ouro no lançamento de dardo masculino, batendo o recorde sul-americano e alcançando o índice olímpico para Paris. O esporte entrou em sua vida através de um projeto de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora em 2011, onde praticou várias modalidades antes de se dedicar ao lançamento de dardo em 2015, ano em que foi campeão brasileiro mirim.
Sua primeira competição internacional, em 2018, foi um divisor de águas. Luiz percebeu que precisava se dedicar 100% ao esporte após um desempenho abaixo do esperado. Em 2020, ele foi incorporado à Comissão de Desportos do Exército (CDE) através do PAAR, o que transformou sua carreira. No Exército, ele encontrou não só um local de treinamento, mas um novo lar, onde pôde focar em melhorar seu desempenho. Hoje, detentor do recorde sul-americano de 85,57 m, Luiz se prepara para seus primeiros Jogos Olímpicos, relembrando a trajetória de superação que o trouxe até aqui.
A marcha atlética e a superação rumo as Olímpiadas de Paris
Viviane Lyra, atleta da marcha atlética, começou no esporte aos 11 anos, mas sempre priorizou os estudos. Em 2016, após concluir seus estudos e se tornar nutricionista, ela teve a oportunidade de voltar a praticar marcha atlética. Dividindo seu tempo entre trabalho, estudos e treinamento, Viviane enfrentou uma jornada desafiadora até ser incorporada ao PAAR em 2022 como Terceiro Sargento da Força Aérea.
Segundo informações, nas olimpíadas de Tóquio em 2021, ela ficou de fora por uma posição. Desde então, Viviane evoluiu rapidamente, participando de diversas provas internacionais e se tornando finalista no Mundial de 2023. Nos Jogos Pan-americanos de Santiago, conquistou o bronze no revezamento misto. Agora, aos 30 anos, Viviane está classificada para as olimpíadas em duas provas: 20 km individual e revezamento. Com muita empolgação, ela espera dar o seu melhor e, quem sabe, voltar com uma medalha para o Brasil.
Essas histórias de Laura, Luiz e Viviane refletem o impacto transformador do PAAR e das Forças Armadas no esporte brasileiro. Com muito esforço, dedicação e apoio, esses atletas militares estão prontos para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, inspirando uma nova geração de esportistas.