Na madrugada de 19 de julho de 2024, um apagão cibernético de escala global causou interrupções significativas em diversos setores.
O incidente foi atribuído a uma falha nos sistemas da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que afetou principalmente o software da Microsoft. O “erro” impactou a plataforma Azure da Microsoft, que armazena dados na nuvem.
Entre os serviços impactados, destacam-se companhias aéreas, bancos e empresas de telecomunicações.
A falha não foi causada por um ataque cibernético, como havia sido especulado a principio, mas sim por um defeito na atualização de software. A CrowdStrike e a Microsoft confirmaram que o problema foi identificado e um conserto foi implementado, embora algumas consequências residuais possam ser sentidas por mais alguns dias.
Impacto Global
Nos Estados Unidos, voos da American Airlines, United e Delta foram suspensos. No Reino Unido, serviços ferroviários e de telecomunicações, além da bolsa de valores, também sofreram interrupções.
Na Austrália, bancos e empresas de mídia enfrentaram dificuldades, resultando no fechamento temporário de algumas lojas. Na Alemanha, cirurgias eletivas foram canceladas em hospitais, e na África do Sul, um dos maiores bancos do país relatou problemas significativos.
O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris confirmou prejuízos em operações virtuais devido ao apagão.
No Brasil, problemas foram observados em aplicativos de bancos como Bradesco, Pan, Neon e Next, mas ainda não há confirmação se essas falhas estão diretamente ligadas ao apagão global. O Supremo Tribunal Federal (STF) também registrou problemas em seus sistemas devido ao apagão.
O impacto financeiro também foi significativo, com as ações da CrowdStrike caindo 20% e as da Microsoft registrando uma queda de 2,4% na Bolsa de Nova York.
Em resposta ao incidente, governos e empresas ao redor do mundo estão revisando suas políticas de segurança cibernética e buscando melhorar suas defesas contra futuras falhas tecnológicas.
Nota da FAB
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), informou que não foi afetada pelo apagão cibernético, ocorrido nesta madrugada e que atingiu alguns países.
A FAB destaca, ainda, que o sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, incluindo todos os equipamentos e softwares utilizados pelo DECEA, permaneceu operando normalmente durante o período.
Dessa forma, segundo informou a FAB, não foram registrados impactos nos serviços de navegação aérea.