Uma reportagem da Revista sociedade Militar onde aparece uma bandeira da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em uma audiência pública na Comissão de Legislação Participativa, com a presença de militares das Forças Armadas e membros do Ministério da Defesa, tem gerado questionamentos sobre a sindicalização dos militares, se os militares que servem ao atual governo são de esquerda etc. A audiência pública contou com a presença de políticos de esquerda e direita, advogados e militares da reserva remunerada e ocorreu em 25 de abril de 2024, repercutindo ainda meses depois por conta da bandeira da CUT estendida na tribuna da Comissão de Legislação Participativa.
O aspecto mais impactante da audiência, entretanto, tem sido pouco divulgado. Durante seu discurso, um militar da reserva remunerada alegou a existência de um grave conluio, que, segundo ele, teria ocorrido entre o governo anterior e oficiais generais. Ele afirmou ainda que oitivas na Polícia Federal poderiam comprovar uma “barganha de golpe” entre as partes.
As declarações foram feitas na presença de parlamentares, advogados convidados e membros do Ministério da Defesa, acrescentando uma camada de gravidade à audiência, que até hoje não foi explorada pela grande mídia. Os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica não comentaram os dados apontados pelo militar na Câmara dos Deputados.
Uma dinâmica importante ainda bem antes da efetivação do movimento em 8 de janeiro
George Brito, militar da reserva e presidente do Sindicato dos Militares, disse em sua fala que na verdade houve toda uma dinâmica antes da efetivação do movimento em 8 de janeiro: “O golpe não iniciou em 8 de janeiro, pra trás tem toda uma dinâmica… ja na iminencia, o golep estava em curso, o Ministério da Defesa apresenta o projeto de lei 1645… aumento injustificado de 12.664,47 para os generais.. o aumento foi dado para na hora que ele perdesse nas urnas fosse utilizado o alto escalão, a alta cúpula para dar o golpe. E isso tem em oitivas na polícia federal que é público e todo mundo consegue ver.”
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar