O ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto (ex-candidato a vice-presidente) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e o almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) devem ser indiciados pela PF (Polícia Federal) no mês que vem.
As informações são da Revista Veja.
Segundo a reportagem, assinada pela repórter Laryssa Borges e divulgada neste domingo, 21 de julho, a Polícia Federal já está perto de preparar o relatório final da investigação que apura se Bolsonaro, os generais e o almirante citados e outras autoridades se articularam pra promover um golpe de Estado, anular as eleições de 2022, prender opositores e manter o ex-presidente no poder.
Ainda segundo a Veja, o documento ganhará provas compartilhadas da investigação que mira a atuação de milícias digitais.
A PF teria pedido o compartilhamento de provas do inquérito que apura como empresários, parlamentares e integrantes do chamado “gabinete do ódio” atacavam adversários, integrantes do Poder Judiciário e a reputação da urna eletrônica, a fim de fechar o quebra-cabeças da investigação e facilitar a individualização das condutas criminosas.
Para a PF, cada investigação contra Bolsonaro é um capítulo de uma espécie de trama maior que, ao final, culminaria no golpe de Estado.
Na última quinta-feira, 18 de julho, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou haver indícios suficientes de que houve uma estrutura espúria infiltrada na Abin (Agência Brasileira de Investigação) voltada para a obtenção de toda a ordem de vantagens para o núcleo político do ex-presidente. Servidores da Agência, hoje alvos de inquérito, teriam agido junto com o “gabinete do ódio” e com as milícias para criar ambiente propício para pôr as eleições em xeque.