Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia muitos países europeus passaram a reconsiderar a ideia de que uma grande guerra poderia voltar a assolar o continente.
Em decorrência disso, o debate sobre o alistamento militar obrigatório que, em muitos países não é exigido, voltou a ganhar força.
Diversas nações europeias estão reintroduzindo ou expandindo a obrigatoriedade do serviço militar, como parte de uma estratégia de defesa.
“Estamos chegando à conclusão de que talvez tenhamos que ajustar a forma como nos mobilizamos para a guerra e ajustar a forma como produzimos equipamentos militares e recrutamos e treinamos pessoal”, disse Robert Hamilton, chefe de pesquisa da Eurásia no Foreign Policy Research Institute, que serviu como oficial do Exército dos EUA por 30 anos, em entrevista à CNN.
Retorno do alistamento ainda não é consenso entre os europeus
Contudo, apesar da eminente ameaça russa e uma possível guerra de grande proporção, o alistamento obrigatório entre os jovens não é um consenso.
O tema divide opiniões, especialmente porque diversos países interromperam o serviço obrigatório após o fim da Guerra Fria.
Na Escandinávia e nos Bálcãs, por exemplo, o alistamento voltou a ser obrigatório a pouco tempo. Já na Alemanha, a resistência dos jovens ainda é muito grande, mas o governo tem proposto ações para um novo serviço militar.
“Devemos estar prontos para a guerra até 2029”, disse o ministro da Defesa alemã, Boris Pistorius.
A Letônia, por sua vez, reintroduziu o alistamento obrigatório em janeiro deste ano. Na Noruega, um plano ambicioso pretende dobrar o orçamento para defesa e adicionar mais de 20 mil soldados alistados obrigatoriamente ao exército do país.