O Reino Unido mantém uma dissuasão nuclear independente há mais de 60 anos, garantindo a segurança nacional e a de seus aliados da OTAN contra as mais extremas ameaças à sua existência e modo de vida. Embora o risco de um conflito nuclear seja remoto, as ameaças enfrentadas pelo país estão se tornando cada vez mais variadas e complexas. Por isso, é essencial dissuadir os atos mais extremos de agressão contra o Reino Unido e seus aliados.
O Reino Unido adota uma abordagem consistente e de liderança em prol do desarmamento nuclear, mas nem todos os estados seguem o mesmo caminho. Alguns países estão significativamente aumentando e diversificando suas capacidades nucleares, o que reforça a necessidade de assegurar que eles nunca possam usar suas armas nucleares para ameaçar ou patrocinar o terrorismo nuclear.
A dissuasão nuclear visa preservar a paz, prevenir coerções e deter agressões. Potenciais agressores sabem que os custos de atacar o Reino Unido ou seus aliados da OTAN superariam quaisquer benefícios que pudessem esperar alcançar. Esse mecanismo reduz a probabilidade de tais ataques.
Desde abril de 1969, a Marinha Real mantém uma dissuasão contínua no mar (CASD), com pelo menos um submarino armado com mísseis balísticos nucleares patrulhando os mares de forma indetectável e sempre pronto para responder às ameaças mais extremas. Esse sistema é a plataforma mais capaz, resiliente e econômica para a dissuasão nuclear do Reino Unido.
O Reino Unido mantém apenas a quantidade mínima de poder destrutivo necessária para garantir que sua dissuasão seja crível e eficaz contra todas as ameaças nucleares de estados. Os submarinos em patrulha estão prontos para disparar em poucos dias, e, desde 1994, não miram seus mísseis em nenhum estado específico. Além disso, o uso das armas nucleares só seria considerado em circunstâncias extremas de autodefesa, incluindo a defesa dos aliados da OTAN.
A dissuasão nuclear do Reino Unido é operacionalmente independente. Somente o Primeiro-Ministro pode autorizar o uso das armas nucleares, mesmo que seja como parte de uma resposta da OTAN. O compromisso com uma Aliança Nuclear crível e unida está no centro da política do Reino Unido, reforçando a segurança europeia e euro-atlântica.
A cooperação nuclear com os Estados Unidos e a França é um componente vital da segurança transatlântica e europeia. O Reino Unido trabalha colaborativamente com os EUA em políticas de dissuasão, segurança de ogivas e tecnologias avançadas de fabricação. Com a França, a cooperação diária em questões nucleares, incluindo o Tratado Teutates de 2010, fortalece a segurança europeia.
Para o futuro, o Reino Unido está comprometido em renovar sua dissuasão nuclear com a substituição dos submarinos da Classe Vanguard pela nova Classe Dreadnought, com previsão de entrada em serviço nos anos 2030. Esse programa de renovação, em colaboração com os EUA, garantirá que o Reino Unido mantenha uma dissuasão nuclear mínima, crível e independente pelo tempo que a situação de segurança global exigir.
A manutenção e operação da dissuasão nuclear do Reino Unido é um empreendimento nacional, apoiando milhares de empregos em todo o país. A Base Naval de Clyde, o estaleiro da BAE Systems em Barrow e a Rolls-Royce em Derby são alguns dos locais chave envolvidos, assegurando a defesa contra as ameaças mais extremas.
O Reino Unido permanece comprometido com a meta de um mundo sem armas nucleares, apoiando a implementação total do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). A dissuasão nuclear continuará sendo uma parte crucial da estratégia de segurança do Reino Unido enquanto a situação internacional assim o exigir, mas sem diminuir o compromisso com o desarmamento multilateral gradual.
Essa abordagem equilibrada garante a proteção da população e a paz mundial, ao mesmo tempo em que trabalha para reduzir a ameaça nuclear e promover a segurança global.