A Raytheon, empresa americana de defesa, está acelerando a produção de seus sistemas de defesa aérea devido ao grande aumento da demanda desde 2022.
De acordo com informações da Newsweek, em matéria publicada nesta quinta-feira, 25 de julho, essa demanda mais que dobrou, aumentando em 150%.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, a necessidade de sistemas de defesa aérea cresceu exponencialmente. Países que apoiam Kiev doaram uma variedade de sistemas para o esforço de guerra. Ao mesmo tempo, muitas nações reavaliaram seus próprios estoques para proteger seus territórios de possíveis ataques.
Impacto no Oriente Médio e Outras Regiões
As tensões no Oriente Médio, as ações da China em relação a Taiwan e a aproximação da Rússia com a Coreia do Norte e o Irã também contribuíram para o aumento da demanda. A atenção agora se volta para as lacunas nas defesas aéreas europeias.
Produção Acelerada
A Raytheon produz o Patriot, um sistema de defesa antimísseis considerado padrão ouro contra ameaças como mísseis balísticos e de cruzeiro. A empresa também fabrica sistemas menores, como o Stinger (MANPADS) e o NASAMS. A produção de uma unidade de fogo Patriot leva atualmente um ano, mas a Raytheon está trabalhando para reduzir esse tempo para 30 meses, ou dois anos e meio, devido ao substancial crescimento da demanda por sistemas de defesa.
Desafios e Ajustes
A pandemia de Covid-19 e a crise no fornecimento de componentes impactaram a produção, mas, ainda segundo matéria da Newsweek, a Raytheon está criando novas cadeias de suprimentos na Europa e no Oriente Médio para aumentar a capacidade. Recentemente, o governo dos EUA suspendeu temporariamente as entregas de mísseis Patriot e NASAMS para outros países, redirecionando-os para a Ucrânia.
Os Patriots têm sido eficazes na defesa da Ucrânia, interceptando mísseis russos, incluindo os supostamente hipersônicos Kinzhal. O sistema tem se mostrado adaptável e eficiente, com futuras atualizações planejadas, como o novo sensor LTAMDS.