A atividade de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami caiu 75% de janeiro a junho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 25 de julho, pelo governo federal e são referentes aos dados emitidos pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), vinculado ao Ministério da Defesa.
Na prática, o número de alertas de atividade de garimpo caiu de uma abrangência de 219,67 hectares para 53,67 hectares.
A queda se deve principalmente à Operação Catrimani II, força-tarefa do governo federal capitaneada pelos 400 militares da Marinha, Exército e Força Aérea, além dos seus meios aéreo, fluvial e terrestre. A segunda fase, que tenta desarticular atividades criminosas na Amazônia e nas fronteiras, começou em março e segue ativa.
Ao todo, a Catrimani II já inutilizou 35 embarcações, 16 aeronaves, 477 motores, além de destruir 172 acampamentos, 71 mil litros de combustível e 28 pistas de pouso clandestinas.
Os militares das Forças Armadas também apreenderam mais de 40 armas, 26 antenas, 18,2 mil litros de combustível e mais de 643 metros quadrados de madeira.
A Casa do Governo, que integra a operação, estima um prejuízo de R$ 110 milhões ao crime organizado.
Em outra linha de atuação, os militares também já realizaram quase 1,4 mil atendimentos médicos e distribuíram milhares de medicamentos.
Segundo o Censipam, a queda na atividade de garimpo ilegal já refletiu na melhoria da qualidade das águas dos rios das regiões. As águas, antes turvas, amareladas e resistentes à passagem de luz, em razão da contaminação por resíduos químicos causados pela mineração, estão voltando à cor normal.