Quando falamos de operações militares com tropas de elite, a imaginação automaticamente nos leva a cenários de adrenalina pura, resgates audaciosos e missões quase impossíveis, imortalizadas no cinema. No entanto, a realidade pode ser ainda mais surpreendente do que a ficção. Hoje, vamos mergulhar na fascinante história do encontro entre algumas das forças especiais mais renomadas do mundo e os desafios implacáveis da selva amazônica brasileira. exército
Prepare-se para descobrir como os lendários SEALs da Marinha e a Delta Force do Exército dos Estados Unidos enfrentaram – e sucumbiram – aos rigores de um treinamento básico no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), uma experiência que redefiniu o conceito de preparação e resistência.
O dia que os SEALs e Delta Force, dos EUA, não aguentaram o treinamento básico do CIGS
Quando se fala em unidades de operações especiais, duas das mais conhecidas a nível mundial, e que têm dezenas de histórias de glórias imortalizadas por Hollywood, são a Delta Force do Exército dos Estados Unidos e os Seals da Marinha também daquele país.
No cinema, estas tropas são retratadas como as mais bem preparadas a nível mundial, os mais letais caçadores de terroristas e preparados para atuar em operações terrestres, navais e aéreas, em qualquer tipo de ambiente operacional, e servindo como modelos para tropas congêneres em vários outros países.
Desafio implacável Amazônia: Como SEALs e Delta Force enfrentaram e falharam, no treinamento do Exército Brasileiro
No ano de 2010, o presidente do Brasil era Lula, e o presidente dos Estados Unidos era Barack Obama. Na época, ambos mantinham excelentes relações, o que facilitou um intercâmbio de tropas dos Estados Unidos no Brasil. Era uma equipe híbrida de operadores especiais da Delta Force e dos Seals, e que naquela oportunidade visitaram o Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus, Amazônia. Como bom anfitrião, na época, o chefe da equipe de instrução do CIGS, coronel Fernando Montenegro, ofereceu aos visitantes a oportunidade de participarem do curso de operações na selva.
Mas o pedido foi rejeitado pelo adido militar dos Estados Unidos no Brasil, que recusou, dizendo que aquelas tropas já tinham grande experiência de operações em várias partes do mundo e que não queriam fazer o curso. Queriam apenas que o CIGS proporcionasse um adestramento na selva amazônica, em formato de exercício militar, em nível mais difícil que o CIGS pudesse proporcionar.
Fracasso na Selva: Tropas de elite dos Estados Unidos enfrentaram dificuldades em exercício básico no CIGS
Em uma entrevista para o canal do Youtube do Luiz Henrique, veterano das Forças Armadas, o coronel Montenegro, informa que criou um exercício de adestramento bem básico, para não criar ali alguma dificuldade desnecessária aos visitantes, já que eles não estavam fazendo um curso, apenas um exercício militar de ambientação. Mas mesmo assim, o desempenho dos famosos operadores especiais estrangeiros na Amazônia foi péssimo.
Depois de apenas alguns quilômetros, não aguentaram mais andar selva adentro levando armamento, equipamento e mochila. Rapidamente ficaram exaustos e pararam, ao ponto de ficarem indisciplinados, afirmando que só concluiriam a marcha na selva quando a tropa estivesse novamente descansada e nas condições ideais de temperatura e pressão.
Ao ponto de a equipe de instrução do CIGS ter que mudar o roteiro do exercício, tornando-o ainda mais fácil, para não pegar mal para as tropas estrangeiras e ocorrer ali incidente na diplomacia militar entre ambas as nações.
Cabe destacar que, para não ofender algum militar norte-americano, o coronel Montenegro não tornou pública a informação de que tropa seria essa. Mas é claro que a informação vazou e esta tropa especial que não conseguiu concluir um adestramento básico do CIGS na selva amazônica, era um destacamento híbrido de operadores especiais dos SEALs e da Delta Force.