Na próxima sexta-feira, a Marinha do Brasil realizará o lançamento da primeira das quatro novas fragatas da classe Tamandaré em Itajaí, Santa Catarina. A cerimônia contará com a participação de Vera Brennand, esposa do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que terá a honra de batizar a embarcação. Este evento segue a tradição naval de quebra de garrafa, simbolizando proteção e sorte para os marinheiros.
A fragata Tamandaré, com um peso de mais de 3 mil toneladas, é a primeira de uma série de quatro navios encomendados ao consórcio SPE Águas Azuis, composto pela Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer e Atech. O navio, que mede 107 metros de comprimento e 16 metros de largura, é projetado para abrigar cerca de 130 militares e desempenhar missões de escolta naval.
O batismo marítimo, um evento histórico que oficializa o nome do navio, foi recentemente exemplificado pela primeira-dama Janja, que em março deste ano batizou o submarino Tonelero em Itaguaí, Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente francês Emmanuel Macron, demonstrando a importância dessas cerimônias na tradição naval brasileira.
A tradição de madrinhas em cerimônias navais é longa e respeitada. Em 2018, Marcela Temer, esposa do então presidente Michel Temer, batizou o submarino Riachuelo. Dois anos depois, Adelaide Chaves Azevedo e Silva, esposa do então ministro da Defesa Fernando Azevedo, foi madrinha do submarino Humaitá. No passado, figuras como Darcy Vargas, esposa do presidente Getúlio Vargas, também participaram dessas cerimônias, destacando a continuidade e a importância do ritual.
A fragata Tamandaré faz parte do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), um projeto ambicioso com investimento de aproximadamente R$ 9 bilhões, assinado em 2020. Este programa visa modernizar a esquadra brasileira, fortalecendo a capacidade de defesa e incentivando o crescimento das indústrias de defesa e naval no país.
Além de modernizar a frota, a fragata Tamandaré desempenhará um papel crucial na proteção e apoio às unidades navais de maior valor, como porta-aviões e navios-tanque. Esses navios são essenciais para garantir a soberania do Brasil e a segurança das rotas marítimas, desempenhando um papel vital nas operações navais.
Embora o lançamento da fragata marque um passo significativo, a entrega final da embarcação ainda requer a instalação de armamentos, incluindo canhões, mísseis, torpedos e metralhadoras, processo que deverá ser concluído até 2025. As outras três fragatas da classe estão previstas para serem entregues gradualmente nos próximos quatro anos, refletindo o compromisso contínuo da Marinha com a modernização e eficiência operacional.