Atuando de acordo com a Força Terrestre, o Sistema de Fabricação do Exército Brasileiro é um pilar crucial para a soberania e a defesa nacional. O Sistema desempenha um papel vital na produção, manutenção, modernização e nacionalização de equipamentos militares, assegurando que o Exército esteja sempre pronto para cumprir sua missão constitucional. A Diretoria de Fabricação (DF), juntamente com seus Arsenais de Guerra e Escritórios, gerencia e supervisiona todas as atividades relacionadas ao Sistema de Fabricação Brasileiro, garantindo que as operações militares sejam eficazes e seguras.
A Diretoria de Fabricação não apenas coordena, mas também alinha os processos de fabricação e manutenção com as necessidades operacionais do Exército, seja em território nacional ou em missões internacionais. Esta coordenação é essencial para a produção e a modernização de armamentos, veículos blindados e outros materiais cruciais para a segurança nacional. Além disso, a Diretoria estabelece diretrizes e políticas que asseguram a qualidade dos equipamentos fabricados, otimizando os recursos disponíveis para atender às demandas das tropas em operações.
Arsenais de guerra: especializações e inovações do exército brasileiro
Cada um dos Arsenais de Guerra (AG) sob a jurisdição da Diretoria de Fabricação possui uma especialização única, que facilita a gestão e a distribuição eficiente dos recursos. O Arsenal de Guerra do Rio (AGR), por exemplo, é especializado na fabricação de morteiros, manutenção de rádios e eletrônicos, além de trabalhar na nacionalização de componentes e blindagem de equipamentos de engenharia. A modernização das capacidades do AGR inclui a aquisição de máquinas operatrizes CNC e avanços na área de projetos e controle de qualidade.
O Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), por sua vez, destaca-se na área de blindados, sendo responsável pela modernização da Viatura Blindada de Reconhecimento EE-9 Cascavel e pela nacionalização de peças da Viatura Blindada de Combate Leopard 1A5 BR. O AGSP também se dedica à manutenção de armamentos leves e pesados, além de revitalizar instrumentos ópticos e fabricar redes de camuflagem.
O Arsenal de Guerra General Câmara (AGGC), apesar de estar em processo de desativação, sempre foi essencial na manutenção de armamentos pesados e na fabricação de placas reforçadoras de solo. Suas capacidades estão sendo transferidas para outros arsenais, garantindo que o conhecimento e a expertise adquiridos não sejam perdidos, mas sim integrados em outras instalações para continuar servindo às necessidades das Forças Armadas.
Modernização e desafios futuros do sistema de fabricação do exército brasileiro
O futuro do Sistema de Fabricação inclui a obtenção de sistemas militares cada vez mais complexos através de Pesquisa e Desenvolvimento, utilizando novas metodologias que conferem maior assertividade aos processos de obtenção. A introdução de ferramentas como a análise multicritério (AHP) e a engenharia de sistemas assegura que o sistema de fabricação do Exército esteja preparado para enfrentar os desafios tecnológicos e operacionais que se apresentam.
A Diretoria de Fabricação desempenha um papel central nos Programas Estratégicos do Exército, como OCOP, ASTROS, Forças Blindadas e SISFRON, que resultam na aquisição de sistemas modernos, como as viaturas VBTP-MSR 6×6 Guarani e VBMT-LSR 4×4 Guaicurus, e no desenvolvimento de tecnologias avançadas, como o Sistema PROTEUS e o Simulador de Procedimentos (SPM) do Guarani. Além disso, a Diretoria de Fabricação trabalha na modernização do VBR Cascavel e na atualização do Sistema de Armas UT30, garantindo que as Forças Armadas brasileiras estejam sempre à frente em termos de capacidade militar.
Soberania do país e prontidão das forças armadas
Programa do Exército mantém uma estreita colaboração com a Base Industrial de Defesa, promovendo a transferência de tecnologia e a capacitação de pessoal, o que fortalece a indústria de defesa nacional. Em um cenário globalizado e competitivo, a capacidade do Brasil de produzir e manter seus próprios equipamentos militares é fundamental para a segurança e a defesa da nação. Portanto, o investimento contínuo na modernização e no fortalecimento do sistema de fabricação é essencial para garantir a soberania do país e a prontidão das Forças Armadas.