O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB), que também é cabo da reserva do Exército Brasileiro, apresentou um requerimento formal ao Ministério da Defesa solicitando esclarecimentos sobre casos de assédio moral e perseguição política contra membros das Forças Armadas que atuaram em órgãos governamentais sob a administração anterior. O documento, direcionado ao Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, nomeado por Lula, atual presidente, busca informações detalhadas sobre a promoção de oficiais e praças do Exército após o término do governo de Jair Bolsonaro.
O parlamentar questiona, entre outros pontos, se houve algum tipo de depreciação na pontuação de militares, particularmente daqueles que integraram o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e possuíam o Curso de Forças Especiais. Ele solicita dados sobre as promoções baseadas em antiguidade e merecimento, e se essas promoções seguiram as regras estabelecidas pela legislação vigente, como a Lei nº 5.821, de 10 de novembro de 1972.
Entrada livre em associações de militares
A iniciativa do deputado, que tem amplo acesso junto a associações de militares de baixa patente, surge em meio a preocupações sobre uma possível influência política nas decisões relacionadas às promoções e avaliações de mérito dos militares. O requerimento menciona que houve exonerações de militares ligados ao GSI, supostamente em retaliação por contribuições financeiras (via Pix) feitas ao ex-presidente Bolsonaro durante uma campanha de arrecadação.
O parlamentar quer uma lista completa dos militares que deixaram de ser promovidos, explicando os critérios utilizados para a depreciação de seus méritos e pontuações que têm relevância para as promoções.
Além disso tudo, o parlamentar questiona se houve uma devassa nas postagens em redes sociais dos militares e de suas esposas como parte do processo de investigação para promoção, e se essas análises tiveram alguma influência nas decisões.
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar