Em matéria publicada recentemente pela Revista Sociedade Militar, mostramos que as organizações militares do Exército Brasileiro são muito zelosas quanto ao uso de determinadas peças de vestiário feminino.
Que o Exército Brasileiro possui normas próprias, regulamentos e decretos, que criam e definem os usos obrigatórios dos uniformes de seus militares não é novidade e nem é motivo de assombro para ninguém.
Mas, engana-se quem pensa que essa vigilância tem a ver com os uniformes usados unicamente pelos coronéis, sargentos ou soldados em sua rotina diária.
Na verdade, a matéria revela algo que é pouco conhecido do grande público, mas que é a realidade cotidiana em todos os quartéis do Exército.
A Força terrestre, além de estabelecer uniformes para seus militares, também tem normativos específicos para trajes que são proibidos dentro de seus quartéis. Mesmo naqueles que são assiduamente frequentados pelo público civil, como os hospitais.
Quanto aos trajes permitidos para acesso em suas instalações, devem ser seguidas as orientações contidas no Ofício nº 598/SA 2.2 – Circular, de 06 de março de 1997, do Chefe de Gabinete do Ministério do Exército – antes até da criação do Ministério da Defesa, em 2001.
Essa norma, que não foi atualizada, estabelece o seguinte:
“…recomendações, a serem observadas por servidores, usuários ou visitantes das Organizações Militares:
a) fica terminantemente proibido o ingresso de pessoas nesses locais usando trajes incompatíveis com esses locais (tais como bermudas, calções, camisetas do tipo regata, chinelo, etc).”
Opiniões sobre proibição do Exército
No campo de comentários da matéria recolhemos algumas opiniões dos leitores da Revista Sociedade Militar.
A maioria dos comentários é de pessoas que concordam com a proibição do Exército:
“Muito bom, mas ainda vai ter idiotas lacradores falando que isso é ditadura.”
“Correto! Quartel não é cabaré.“
“Já era hora de voltar o correto. Ninguém entra nos fóruns de bermuda ou qualquer roupa desapropriada ao local”
“E isso aí correto tem q mantê o respeito quem quiser se mostra vá para a praia”
Apenas um comentário foi contra as proibições de vestimentas para entrar nos quartéis:
“Totalmente ilegal, os burocratas do judiciário também tinham essa idiotice de querer determinar como as pessoas deviam se vestir, corte e cor de cabelo, calçado, etc……..Típico de pessoas e países atrasados…..Não servem para, nada salvo pequena parcela da tropa, operacionalidade zero, torram o suado dinheiro dos impostos do povo e na falta do que fazer ficam defecando “regras”…..”
Análise de sentimentos da proibição
No perfil do Instagram da Revista Sociedade Militar, usando recursos de inteligência artificial, fizemos uma “análise de sentimentos” dos quase 150 nos comentários feitos pelo seguidores.
A análise de sentimentos é uma técnica que utiliza algoritmos de processamento de linguagem natural (PLN) para identificar e classificar opiniões e sentimentos expressos em textos.
A maioria dos comentários expressa sentimentos positivos em relação ao tema discutido, com muitos usuários concordando e apoiando as regras mencionadas:
- “Cada instituição com as suas regras. Quem não se adaptar, que nem entre. E se entrar, caia fora.”
- “Corretíssimo!!! Não é balada!! Mulheres e homens devem inspirar respeito!”
- “Absurdo nunca vi nenhuma Militar usar salto ou top com a farda; isso é uma desmoralização ao EXERCITO BRASILEIRO; que deveria tomar uma atitude drástica!”
Alguns comentários são neutros, focando em questões práticas ou expressando curiosidade, como os que seguem:
- “Agora só repreender com mais seriedade video de tiktok gravados em alojamentos masculinos também”
- “A que nível chegou o Exército Brasileiro! Melhor seria cuidar dos vencimentos dos menos graduados.”
Há poucos comentários negativos, que criticam a necessidade das regras ou expressam ceticismo.
- “Se fossem educadas, o Exército Brasileiro não precisaria ter o trabalho de impor essas regras.”
- “Ainda bem que já estou na reserva”