O governo federal enviou o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025 nesta sexta-feira, 30 de agosto, ao Congresso Nacional, no qual indica impacto de R$ 21,7 bilhões para conceder reajuste dos servidores públicos e militares.
Dessa reserva total de orçamento, 3 bilhões (ou 13,8% do total de R$ 21,7 bilhões) devem ser usados para reajustes aos membros das Forças Armadas.
Desde o ano passado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos iniciou processo para instaurar as mesas de negociação com servidores do Executivo Federal em busca de acordos pra possíveis reajustes e reestruturação de carreira. As informações são do Metrópoles.
Algumas categorias já tiveram aumentos salariais em 2023. Foram os casos dos servidores do Legislativo, Judiciário, Ministério Público da União e Defensoria Pública da União.
Já neste ano foram concedidos reajustes salariais a policiais federais, policiais rodoviários federais e penais e servidores da Funai (Federação Nacional dos Povos Indígenas).
Os maiores aumentos foram concedidos aos policiais penais (de 77,15% no final de carreira), PRF (de 27,48% no fim de carreira) e de delegado da PF (de 27,48%).
No dia 20 de agosto o Estadão revelou que a cúpula do Exército teria sido avisada de que o governo Lula vai precisar cortar as despesas discricionárias da Força Terrestre em 10% no PLDO. A perda gira em torno de R$ 210 milhões.
Despesas discricionárias são todas aquelas despesas consideradas não obrigatórias, como, por exemplo, investimentos e custeio.
Ainda segundo o Estadão, os militares estão tentando manter pelo menos o mesmo nível de recursos de 2024, que foi de R$ 2,06 bilhões.
De acordo com reportagem do Sociedade Militar, publicada no último dia 29 de agosto, os militares que ocupam a base da estrutura das Forças Armadas, como tenentes, suboficiais, sargentos, cabos e soldados, estão sem reajuste salarial que compense as perdas inflacionárias desde 2016.
Foi em julho do referido ano, após negociações em 2015 com a então presidente Dilma Rousseff, que os militares receberam reposição de 27% pra corrigir perdas de anos anteriores. Entretanto, a reposição foi dividida em 4 parcelas. A última foi creditada em janeiro de 2019.