Após um mês de preparação no estado da Louisiana, EUA, o Exército Brasileiro retornou no dia 4 de setembro ao norte do país, em Belém. Os participantes foram os militares do Comando Militar do Norte (CMN). O treinamento, denominado CORE 24, teve como principal missão o exercício de tiro real. A tropa brasileira contou com 221 profissionais, sendo 180 paraenses. O processo em terras estadunidenses é conhecido como Exercício Core 24. Contudo, é importante destacar que os militares já estavam passando por adestramento desde fevereiro deste ano.
Todo o processo contou com treinamento psicológico, operacional e físico em Marabá, Pará. Já nos EUA, o treinamento foi realizado na base militar Fort Johnson e foi a quarta edição, sendo a primeira realizada em 2021, no Brasil. A segunda edição também ocorreu nos EUA, enquanto a terceira edição, em 2023, aconteceu no Amapá e no Pará. O Exercício Core faz parte do acordo entre os dois países e é um momento crucial para contribuir com a troca de experiências, técnicas e táticas entre as duas equipes.
Exercício de tiro do Exército
Essa foi a última etapa do adestramento mencionado e foi realizada com êxito pelo Exército Brasileiro, fato também comentado pela tropa americana. Os principais pontos foram:
- Objetivo do Exercício:
Realizar um ataque a uma localidade específica, testando a capacidade das tropas em várias fases de um combate simulado.
- Deslocamento:
As tropas brasileiras se movimentaram pelo terreno, enfrentando desafios naturais e obstáculos impostos pelo inimigo.
- Abertura de Passagens:
Foi necessário criar passagens através dos obstáculos estabelecidos pelo adversário para permitir o avanço das tropas.
- Avanço sobre Construções:
As tropas avançaram e tomaram controle das estruturas existentes na área-alvo.
- Equipamentos Utilizados:
O exercício fez uso de munição real de artilharia e morteiros, além de armamentos coletivos e individuais.
- Coordenação:
Toda a operação foi realizada em estreita colaboração com as tropas americanas, garantindo uma coordenação eficaz e integrada.
Tropa brasileira do Exército
O Exército Brasileiro que participou do evento foi composto por:
- Companhia de Fuzileiros do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS);
- Elementos do Estado-Maior em nível de Batalhão e Brigada.
O treinamento também serviu para treinar a interoperabilidade e a preparação tanto em formato individual quanto coletivo. O acordo entre Brasil e Estados Unidos foi firmado até 2028; a sigla CORE faz parte do acrônimo para Operações Combinadas e Exercícios de Rotação.
Exército recepcionado
Ao fim do treinamento, com a chegada em terras brasileiras, a tropa foi recepcionada na base aérea de Belém pelo General de Exército José Ricardo Vendramin Nunes, Comandante Militar do Norte. O general destacou a dedicação da equipe e citou: “Essa é uma formatura de boas-vindas, de gente nossa, que treinou duro e teve um desempenho elevado aqui no Brasil, no ano passado, e também em solo estrangeiro. Isso marca uma capacidade do soldado brasileiro, que, quando desafiado a atingir padrões de excelência e tem os meios e a liderança adequada, atinge esses parâmetros exigidos para o combate.”
Elogios ao Exército
A tropa tem sido constantemente elogiada desde o início do adestramento. Além de mencionar a dedicação, as táticas utilizadas pelos militares do Exército Brasileiro também foram características que chamaram a atenção. Como mencionado, o processo iniciou ainda no Brasil, em fevereiro.
Sobre o treinamento e desempenho do Exército, o General da Brigada, Eduardo Veiga, destacou: “Nesse exercício, ficou constatada a competência e o valor do nosso soldado paraense, que vem aqui da Amazônia, conhece a nossa região e as atividades de defesa da pátria. Isso ficou latente para os norte-americanos, que teceram diversos comentários e elogios positivos sobre a liderança, competência e dedicação dos nossos soldados. Então, para nós, é motivo de muito orgulho termos uma tropa brasileira bem representada junto ao exército norte-americano.”
Fonte: Portal Exército Brasileiro