Imagine um cenário onde o Exército Francês, com séculos de história e vitórias épicas, se rende à excelência de uma força militar brasileira em um dos ambientes mais desafiadores do planeta: a selva amazônica. Isso não é ficção, mas um reconhecimento real da superioridade dos Guerreiros de Selva do Brasil, uma elite militar que conquistou a admiração global.
Neste artigo, vamos mergulhar nos bastidores desse impressionante reconhecimento, revelando como o treinamento brasileiro se tornou referência mundial e levou o Exército Francês a homenagear nossos soldados. Prepare-se para uma história de superação, respeito e uma parceria militar que desafia os limites da selva!
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O dia que a Legião Estrangeira reconheceu a superioridade do Exército Brasileiro em Guerra na Selva
O Exército Francês tem uma longa experiência em combate. Por exemplo, na época do imperador Napoleão Bonaparte, a França quase conquistou toda a Europa. O exército francês esteve envolvido em quase todos os principais conflitos armados do mundo desde o século XV até os dias atuais, com muitas campanhas vitoriosas, mas também algumas derrotas pesadas. Se existe um tipo de conflito historicamente reconhecido como o calcanhar de Aquiles do Exército Francês, é a guerra em ambiente de selva.
Em 1808, tropas brasileiras e portuguesas do então Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves invadiram e anexaram a Guiana Francesa, em combates principalmente em ambiente de selva, como retaliação ao expansionismo de Napoleão na Europa. A Guiana Francesa foi devolvida muitos anos depois, após a queda de Napoleão. Você pode assistir a todos os detalhes sobre essa invasão no vídeo que aparece agora no card.
Em 1895, houve mais um conflito na Amazônia, com a França atacando o Brasil, enviando tropas a partir da Guiana Francesa, com a intenção de anexar o estado brasileiro do Amapá. No entanto, a invasão foi repelida por soldados brasileiros sob o comando do General Francisco Xavier da Veiga Cabral. A campanha mais duradoura em selva já realizada pelo Exército Francês foi a famosa Primeira Guerra da Indochina, quando as tropas francesas foram finalmente derrotadas pelos vietnamitas em 1954.
A partir da década de 1960, a França também começou a perder quase todas as suas colônias em conflitos por independência, incluindo países cobertos por selvas tropicais, como a República do Congo.
Esse regimento mantém um Centro de Instrução de Operações na Selva, ao lado do Centro de Instrução de Operações na Selva Britânico, sendo os dois principais centros de treinamento de operações na selva mantidos por exércitos europeus. Eles também são os principais destinos de militares europeus aliados da OTAN, que desejam se especializar em operações na selva, recebendo dezenas de alunos europeus todos os anos.
Oficiais da Legião Estrangeira precisam ser aprovados no curso de operações na selva do exército brasileiro para liderar treinamentos
Mas como um país que sempre teve dificuldades em operar na selva conseguiu fundar uma unidade tão respeitada em operações nesse ambiente? O 3º REI foi fundado em 1920 e, desde então, tem buscado especialização em combate na selva com exércitos aliados em várias partes do mundo, principalmente com ingleses, norte-americanos e países aliados do sudeste asiático, como a Tailândia. Contudo, a partir da década de 1990, o comando do 3º REI tomou uma decisão que evidencia qual exército eles consideram mais preparado para a guerra na selva, ou pelo menos com o melhor curso de formação.
A partir de então, para que um oficial da Legião Estrangeira possa ocupar o cargo de instrutor-chefe do Centro de Instrução de Operações na Selva do 3º REI, ele precisa ter sido aprovado no curso de operações na selva do Exército Brasileiro. Além disso, para ocupar postos de comandante de grupo de combate até o de comandante do 3º REI, dão prioridade a militares formados no CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva). Isso fez da França o país estrangeiro com o maior número de militares formados no curso de operações na selva do Exército Brasileiro, com mais de 100 militares franceses já conquistando o brevet da onça.
Curso de operações na selva do 3º REI é completamente baseado no curso do CIGS
O curso de operações na selva do 3º REI é completamente baseado no curso do CIGS e ministrado para oficiais e sargentos recém-chegados ao regimento, ou para militares de países europeus aliados. Até mesmo o grito de guerra do 3º REI é o famoso “Selva!”, dos Guerreiros de Selva do Brasil, sendo feito no idioma português, demonstrando como eles admiram as tropas de selva do Brasil.
Em 2018, o Exército Brasileiro fundou, em Macapá, capital do estado do Amapá, que faz fronteira com a Guiana Francesa, a 22ª Brigada de Infantaria de Selva. Naquele mesmo ano, para retribuir a parceria de muitos anos com o Exército Brasileiro, que já havia formado inúmeros franceses no CIGS, o Exército Francês convidou as tropas da 22ª Brigada de Infantaria de Selva para desfilar em Caiena, capital da Guiana Francesa, no Dia Nacional da França, em 14 de julho, quando comemoram a Queda da Bastilha. Os Guerreiros de Selva do Brasil não apenas desfilaram, mas foram homenageados, como você pode ver nesta reportagem abaixo, da TV francesa.
Desde então, regularmente, o comandante do 3º REI faz visitas às unidades de selva do Brasil, e comandantes das brigadas de selva brasileiras visitam o 3º REI. Isso mostra uma excelente diplomacia militar entre o Exército Brasileiro e o Exército Francês, embora o presidente da França, Emmanuel Macron, tenha criado polêmica ao abrir o debate sobre a internacionalização da Amazônia, colocando os militares dos dois países em lados opostos.
E você, combatente? Diante de tudo isso, acha que o Exército Francês estaria animado para combater os Guerreiros de Selva do Brasil? Comente aqui embaixo.