A China está participando de dois grandes exercícios militares simultaneamente. No Brasil, tropas chinesas treinam ao lado de forças dos Estados Unidos na Operação Formosa 2024, coordenada pela Marinha brasileira, no estado de Goiás.
O treinamento, que conta com mais de 3 mil militares de 10 países, marca a primeira participação de tropas chinesas no evento.
Ao mesmo tempo, a China se une à Rússia no maior exercício naval pós-Guerra Fria, o Oceano-24, que reúne 400 embarcações e 120 aviões em uma série de manobras no Pacífico e no Ártico.
A operação, liderada por Moscou, visa fortalecer a reputação da Marinha russa após suas recentes derrotas no mar Negro, durante o conflito com a Ucrânia.
No Brasil, o exercício militar simula operações anfíbias e utiliza munição real. A Marinha brasileira destacou a importância do intercâmbio de experiências entre as nações amigas envolvidas, incluindo a presença de tropas chinesas e norte-americanas.
Este evento é considerado o maior treinamento militar da região do Planalto Central.
Enquanto isso, no exercício naval russo-chinês, bombardeiros com capacidade nuclear dos dois países realizam simulações próximas ao Alasca. A mobilização reforça a cooperação militar entre Pequim e Moscou, que têm se aproximado desde 2022.
O exercício, além de impressionar pela escala, simboliza a resistência ao domínio militar dos EUA.
As duas operações reforçam as parcerias estratégicas da China com o Brasil e a Rússia, demonstrando o poderio militar crescente do país asiático em diferentes cenários.
A participação inédita das tropas chinesas nos dois eventos destaca a busca de Pequim por fortalecer laços militares globais.