A Força Aérea Brasileira (FAB) deu um passo importante em sua trajetória de inovação tecnológica com a introdução da Inteligência Artificial (IA) em suas operações, por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). A partir de 2024, essa tecnologia está sendo utilizada no Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais (CCOA), o que marca uma nova fase nas capacidades operacionais da FAB, elevando a eficiência e o uso de recursos em diferentes frentes.
A adoção de IA no CCOA tem como principal objetivo otimizar processos tanto nas atividades operacionais quanto nas de suporte administrativo. A tecnologia permite uma análise mais rápida e precisa das diretrizes de comando, além de melhorar a gestão de riscos em missões críticas. Com isso, a FAB espera aumentar a agilidade e a assertividade nas suas ações, principalmente nas áreas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).
O uso de ferramentas de Machine Learning (ML) e Inteligência Generativa também está sendo aplicado para aprimorar o planejamento e a execução das missões aéreas. Segundo o COMAE, a IA está contribuindo diretamente na maximização de recursos, com um impacto positivo nas áreas de Comando e Controle (C2), que envolvem a distribuição e alocação de aeronaves e a coordenação de missões em campo.
Entre as inovações implementadas está o suporte oferecido pela IA para operações de IVR. Sensores avançados, integrados a sistemas de IA, ajudam a processar grandes volumes de dados capturados em missões, detectando padrões e anomalias que são críticos para a segurança nacional. Essa tecnologia também permite que a FAB tome decisões estratégicas mais rápidas e informadas, aumentando a eficiência das operações militares.
De acordo com o Vice-Chefe do CCOA, Coronel Aviador Leonardo Venancio Mangrich, a utilização da IA requer total transparência e controle, assegurando que os resultados gerados possam ser verificados e revisados por especialistas humanos a qualquer momento. Segundo ele, a ética e os valores morais que regem a FAB devem ser mantidos durante toda a implementação e uso dessas tecnologias.
No futuro, o COMAE planeja expandir ainda mais o uso da IA, com a criação de sistemas autônomos de apoio à decisão que realizarão simulações em tempo real de cenários operacionais, fornecendo dados precisos para os comandantes. Isso contribuirá para que as decisões militares sejam mais rápidas e eficazes, um fator essencial em situações de conflito ou defesa aérea.
Outro benefício esperado da integração de IA nas operações da FAB é a manutenção preditiva de equipamentos essenciais. Algoritmos de aprendizado de máquina serão capazes de identificar falhas em potencial em aeronaves e outros sistemas de controle, o que permitirá a realização de manutenções preventivas, evitando paradas inesperadas e melhorando a prontidão operacional.
Fonte: FAB