Um estudo publicado na revista Science revela uma descoberta que promete revolucionar nossa compreensão sobre o planeta Terra: um oceano gigantesco, com cerca de 700 quilômetros de profundidade, foi encontrado nas profundezas do nosso mundo. Essa descoberta desafia as teorias existentes sobre o ciclo da água, a origem dos oceanos e sua estabilidade ao longo de bilhões de anos.
Um oceano de rocha
Ao contrário do que imaginamos, esse oceano subterrâneo não é formado por água líquida como conhecemos. A água está presente em formações rochosas azuis, conhecidas como ringwooditas, localizadas no manto terrestre. Essas rochas, sob altíssimas temperaturas, aprisionam as moléculas de água em sua estrutura cristalina.
Como os cientistas encontraram esse oceano oculto?
Para desvendar esse mistério, os pesquisadores utilizaram uma técnica conhecida como sismologia. Eles espalharam uma vasta rede de sismógrafos pelos Estados Unidos e analisaram as ondas sísmicas geradas por terremotos. Ao estudar a velocidade dessas ondas ao atravessarem diferentes camadas da Terra, os cientistas conseguiram identificar a presença de água nas rochas, que tornava as ondas mais lentas.
A origem da água na Terra
Essa descoberta levanta novas questões sobre a origem da água em nosso planeta. Até então, acreditava-se que a água teria chegado à Terra através de cometas. No entanto, a presença desse oceano subterrâneo sugere que parte da água pode ter se originado do interior do próprio planeta.
O ciclo da água se estende muito mais fundo do que imaginávamos
A pesquisa também revela que o ciclo da água é muito mais complexo do que se pensava. A água não se limita à superfície da Terra, mas se estende até as profundezas do manto. A zona de transição do manto, localizada entre 410 e 660 quilômetros abaixo da superfície, parece ser um grande reservatório de água.
Impacto da descoberta
Essa descoberta tem implicações muito importantes para nossa compreensão da história da Terra e da vida no planeta. Ela pode ajudar a explicar, por exemplo, fenômenos como a tectônica de placas e a atividade vulcânica. Além disso, a existência desse oceano subterrâneo pode ter implicações para a busca por vida em outros planetas.