A Ucrânia surpreendeu o mundo ao transformar uma tecnologia que remonta à Segunda Guerra Mundial em uma arma moderna e poderosa, com potencial devastador. Ao contrário do que muitos poderiam imaginar, essa inovação não envolve um novo míssil ou drone de alta tecnologia, mas sim algo aparentemente simples: um fusível laser para bombas de drones, amplamente utilizado no campo de batalha, oferecendo uma vantagem estratégica em diversos conflitos.
Essa inovação permite medir com precisão a distância para disparo, garantindo maior eficiência ao detonar bombas. O canal UAV Developer no Telegram revelou detalhes impressionantes sobre essa nova tecnologia, destacando que o fusível possibilita a explosão da bomba em qualquer distância. Essa capacidade também aumenta a precisão das operações militares, reduzindo o risco de danos colaterais e tornando as missões mais seguras e eficientes.
Ucrânia equipa seus drones com fusíveis capazes de transformá-los em armas de explosão aérea
Muitos questionam por que a Rússia, com todo o seu poderio militar, ainda não possui uma tecnologia semelhante em seus drones. Essa ausência sublinha a vantagem que a Ucrânia conseguiu estabelecer no campo de guerra, especialmente ao equipar seus drones com fusíveis capazes de transformá-los em armas de explosão aérea, aumentando a letalidade contra tropas inimigas. Agora, bombas de drones podem ser detonadas remotamente no ar, espalhando fragmentos mortais sobre grandes áreas, como destacou o artigo de David Axe, publicado na Forbes.
Fusível Johnny ou Jonik, projetado para as minas PTM-3 da era soviética
A implementação desse fusível transformou as bombas ucranianas em armas de explosão aérea, representando uma ameaça significativa às tropas russas, sobretudo àquelas sem proteção adequada. Como explica David Axe: “Esses drones, que explodem no ar, espalham fragmentos por uma área maior, tornando-os muito mais perigosos do que os drones que explodem ao impacto.” O uso estratégico desses fusíveis nas bombas oferece à Ucrânia uma vantagem importante contra a infantaria russa.
Ucrânia tem demonstrado uma incrível habilidade em adaptar armas antigas para o uso moderno. David Hambling destacou o desenvolvimento de novos fusíveis para minas antitanque. A inovação mais notável é o fusível ‘Johnny’ ou ‘Jonik’, projetado para as minas PTM-3 da era soviética. Originalmente, essas minas eram ativadas por pressão, explodindo quando um veículo passava por cima. No entanto, com o novo fusível, que incorpora um magnetômetro e um acelerômetro, a mina pode detonar quando um veículo ou objeto metálico se aproxima.
Inovação no desenvolvimento de minas e fusíveis: arma poderosa no arsenal tecnológico da Ucrânia
A modernização da mina PTM-3 com o fusível Johnny resultou em um dispositivo muito mais destrutivo. O magnetômetro detecta a presença de grandes objetos metálicos, enquanto o acelerômetro aciona a detonação se a mina for deslocada. Essa inovação torna as minas ucranianas uma ameaça muito mais significativa para veículos blindados russos.
Outra grande inovação no campo de fusíveis ucranianos é o desenvolvimento do fusível Verba, utilizado em minas improvisadas lançadas pelos drones Baba Yaga. Esse fusível eletrônico também incorpora um magnetômetro, como explicado por Roy, analista de guerra. Ele detalhou que o Verba pode detonar o IED quando detecta a aproximação de metal, seja de um veículo ou até mesmo de uma pessoa. Essas minas, feitas a partir de canos automotivos cheios de explosivos, são mais uma arma poderosa no arsenal tecnológico da Ucrânia.
Ucrânia continua a surpreender no campo de batalha, adaptando tecnologias antigas e transformando-as em soluções modernas e letais. O desenvolvimento de fusíveis como o Johnny e o Verba evidencia a capacidade do país de criar soluções que fazem frente ao poderio militar russo, ao mesmo tempo em que proporcionam uma vantagem estratégica significativa.